Então como é? Amigos, amigos…

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O Governo português emitiu um alerta a recomendar prudência aos seus cidadãos que residam em Moçambique e aos que pretendam viajar para o país, devido à aproximação das eleições de 15 de Outubro.

“No dia das eleições, será conveniente manterem-se afastados dos centros onde decorrem os actos eleitorais”, diz o Governo de Lisboa.

“Recomenda-se aos cidadãos portugueses que sejam prudentes e façam uma rotina sensata, evitando aglomerações de pessoas e participação em eventos políticos eleitorais”, lê-se no alerta.

Segundo o texto, “no dia das eleições, será conveniente manterem-se afastados dos centros onde decorrem os actos eleitorais, devendo ainda acompanhar a evolução dos acontecimentos e evitar deslocações longas não estritamente necessárias nesse dia”.

Este alerta decorre de uma actualização do que estava em vigor desaconselhando viagens interurbanas na província de Sofala, onde se intensificavam então os confrontos entre o exército e o braço armado da Renamo, principal partido de oposição.

Após o acordo de cessação de hostilidades, assinado pelo Governo e pela Renamo a 05 de Setembro, o alerta para Sofala foi retirado, tendo sido introduzida a recomendação relacionada com o período eleitoral e mantida “a chamada de atenção sobre a situação de segurança em Maputo”, designadamente os raptos.

“Recomenda-se ao viajante a maior cautela nas deslocações, não frequentar locais isolados, evitar as rotinas, incluindo não efectuar diariamente os mesmos percursos, não exibir bens com valor monetário significativo e manter sempre a família ou pessoas de confiança informadas sobre as deslocações”, indica o segundo ponto do alerta.

Antes deste alerta do Governo português, os Estados Unidos emitiram um aviso aos viajantes e residentes norte-americanos em Moçambique para o risco de violência durante o período eleitoral, sobretudo nos dias anteriores e seguintes à votação agendada para 15 de Outubro.

Embora não preveja violência generalizada, o aviso que está em vigor até 30 de Outubro salienta que, dependendo dos resultados, “a instabilidade e potencial para a violência podem aumentar imediatamente após as eleições”.

A campanha eleitoral para as eleições gerais registou alguns casos de violência, sobretudo nas províncias de Gaza e Nampula e o Presidente da República, Armando Guebuza, e o presidente da Comissão Nacional de Eleições, Abdul Carimo, já apelaram publicamente aos partidos para o fim da intolerância política.

Às eleições presidenciais concorrem três candidatos: Filipe Nyusi, da Frelimo, Afonso Dhlakama, da Renamo e Daviz Simango, do MDM,  e nas legislativas e assembleias provinciais participam 30 partidos.

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