Angola poderá entrar lista negra dos Estados Unidos. E o que isso significa? Significa que o governo angolano é visto pelo mundo como cúmplice de corrupção sistémica, violador crónico dos direitos humanos e perseguidor impiedoso do seu próprio povo.
Por Malundo Kudiqueba
Esta não é uma acusação leviana; é um veredicto internacional. Quando Washington impõe sanções, não é apenas um acto simbólico. É uma declaração pública de que o regime angolano perdeu toda a credibilidade perante a comunidade internacional.
Estar na lista negra dos EUA é como ter um selo de desonra estampado na bandeira nacional. Significa que Angola é vista como um Estado onde a lei não protege os cidadãos, mas sim os criminosos de colarinho branco.
Estar na lista negra não é apenas uma nota de rodapé nos relatórios diplomáticos. É uma marca de vergonha que denuncia corrupção endémica, violações graves dos direitos humanos e perseguições sistemáticas contra o seu próprio povo.
Quando os EUA colocam um país nesta lista, estão a dizer ao mundo: «Aqui não há respeito pela liberdade, nem pela justiça. Aqui governa a impunidade».
Angola, um país rico em recursos, tornou-se pobre em humanidade. O petróleo jorra, os diamantes brilham, mas o povo continua a viver na escuridão da miséria e do medo. A riqueza do país não serve para construir escolas ou hospitais, mas para alimentar uma elite que vive de luxo e ostentação, enquanto o cidadão comum luta por um prato de comida.
A inclusão de Angola nesta lista negra é um grito de alerta: a corrupção não é apenas um crime financeiro, é um crime contra a esperança de uma nação.
Os direitos humanos em Angola são tratados como mercadoria barata. Quem ousa falar, desaparece. Quem se manifesta, é silenciado. Quem exige dignidade, é perseguido. O Estado transformou-se numa máquina de repressão, onde os que têm poder usam a força para calar a verdade.
Perseguir o próprio povo é a marca de um governo que teme a justiça. E um governo que teme o seu povo, já perdeu toda a legitimidade para governar.
Quando Washington impõe restrições e sanções, não é um acto isolado. É uma condenação pública. É um aviso claro de que o mundo está a ver e que a paciência internacional tem limites.
Angola está na lista negra porque deixou de ser apenas um país em crise: tornou-se um regime sem vergonha, sem ética e sem compaixão. E enquanto as portas do mundo se fecham, os governantes insistem em abrir novas contas bancárias no exterior.
A verdade é simples: um governo que rouba o futuro do seu povo não pode esperar respeito lá fora. E a Angola que hoje é apontada como violadora de direitos e devoradora da sua própria dignidade, amanhã poderá ser chamada a responder diante da história.
Quando os EUA colocam Angola na lista negra, é mais do que um gesto diplomático; é um alerta global de que o país se transformou num Estado predador, onde a corrupção é rei e a justiça é prisioneira. As sanções aplicadas incluem restrições de vistos para altos funcionários, congelamento de bens no exterior e o bloqueio de transacções financeiras.
É uma forma de asfixiar um regime que vive do luxo à custa da pobreza de milhões. As portas do mundo estão a fechar-se para Angola, não por causa do seu povo, mas por causa dos seus governantes. Enquanto o país mendiga investimentos e ajuda internacional, a elite no poder continua a engordar contas secretas e a comprar mansões em Lisboa, Paris e Dubai. As sanções internacionais são o começo de um cerco moral e político.