Os empresários asiáticos que investem na província da Huíla em diversos sectores estão entre as principais vítimas de uma rede criminosa internacional formada por cidadãos namibianos e angolanos que com recurso a armas de fogo assaltam fábricas de blocos, residências privadas e estabelecimentos comerciais.
A rede criminosa internacional formada por cidadãos namibianos e angolanos descrita como altamente perigosa já está na mira do SIC (Serviço de Investigação Criminal) que em colaboração com a Polícia Nacional na província da Huíla deteve três dos sete membros da referida organização criminosa. Tratam-se dos cidadãos angolanos Tobias Mateus, também conhecido por “Max” e “Tobias”, Abraão Cachimbango Gar, conhecido por “Mule” e Vitorino Pedro Salimbindo “Vict”.
Entre os mais recentes crimes cometidos pela rede criminosa internacional na província da Huíla, com destaque para o município do Lubango, estão o assalto frustrado pela rápida intervenção dos efetivos do Serviço de Investigação Criminal e da Polícia Nacional a 01h30 do dia 30 de setembro do ano em curso, no bairro Mitcha, quando invadiram uma fábrica de blocos, renderam os seguranças e roubaram uma arma de fogo do tipo AKM. “Os mesmos tentaram acessar ao quarto do cidadão chinês, mas a acção foi frustrada pela rápida intervenção policial, forçando os criminosos a fugirem”, descreveu ao Folha 8 o porta-voz do SIC (Serviço de Investigação Criminal) na Huíla, Inspector Segunda Quitumba.
Os três detidos, em companhia dos demais elementos da rede criminosa internacional de nacionalidade namibiana em parte desconhecida, são os autores do roubo de 2.881.000 (dois milhões e oitocentos e oitenta e um mil) kwanzas em bens e dinheiro no estabelecimento comercial de um empresário vietnamita.
O Folha 8 sabe que os três cidadãos angolanos detidos por crimes de roubo qualificado, associação criminosa, detenção e alteração de armas e munições, além de ofensas graves à integridade física, já têm antecedentes criminais. O cidadão Abraão Cachimbango Gar, também por “Mule”, antes de detido se encontrava em liberdade condicional depois de julgado por crimes de homicídio e agressão sexual.
O porta-voz do SIC (Serviço de Investigação Criminal) na província da Huíla, Segunda Quitumba, garantiu ao Folha 8 que “as investigações continuam para capturar os restantes membros do grupo e recuperar as armas utilizadas nos crimes”.
“Quanto aos detidos, foram apresentados ao Ministério Público, que os submeteu ao Juiz de Garantias, o qual determinou a aplicação da medida de coação mais gravosa”, esclareceu o Inspector Segunda Quitumba.
“Temos necessidade de ferramentas tecnológicas para permitir o melhor andamento das actividades investigativas criminais”, manifestou-se o Director de Investigação de Ilícitos Penais (DIIP), Comissário, José Carlos Cunha da Piedade quando trabalhava na Província da Huíla, no dia 10 de Julho do corrente ano, no seguimento do programa de visitas de ajuda e controlo realizadas aos distintos Comandos Provinciais, para se inteirar-se sobre a organização e o funcionamento das representações da DIIP, e apurar a prontidão das forças no combate à criminalidade na Huíla.