A Federação Angolana de Futebol (FAF), por meio de um comunicado veiculado na quarta-feira, 09.10, nas redes sociais, repudiou o comportamento do repórter Domingos Quitumba da Rádio Nacional de Angola (RNA) por alegadas queixas desconexas.
Domingos Quitumba teria afirmado no Programa Desportivo da RNA, na edição da noite de 8 de Outubro, que a Selecção Nacional escorraçou os jornalistas do Estádio Nacional 11 de Novembro durante os dois primeiros treinos.
Tal afirmação fez com que o serviço de Media Officer dos Palancas Negras ficasse surpreso com a queixa do repórter e se fizesse valer do direito de resposta para esclarecer que, no dia 8, o citado jornalista chegou atrasado para as entrevistas que antecedem o treino, assim como dois cameramen de outras emissoras. Uma terceira equipe chegou após 15 minutos do início do treino, quando o prazo para a abertura ao público já havia expirado.
Apesar disso, um repórter da agência nacional de notícias, auxiliado por uma colega da televisão que aguardava pelo seu cameraman, conseguiu realizar a sua reportagem. E essa pontualidade foi crucial para o sucesso da cobertura dele.
O comunicado refere ainda que, em cada treino, três jogadores são designados para entrevistas e aguardam pacientemente logo após que descem do autocarro, dispensando até 10 minutos aos repórteres para entrevistas. No treino mencionado, que originou o imbróglio, os três atletas, como adianta a FAF, estavam disponíveis para os repórteres que estavam presentes. Após as entrevistas, e com a ausência de mais jornalistas, os atletas começaram a equipar-se para o treino.
Ainda assim, o primeiro cameraman que chegou atrasado conseguiu filmar durante os 15 minutos concedidos no treino para a filmagem de imagens. Outros jornalistas que chegaram posteriormente solicitaram que os atletas retornassem para novas entrevistas, mesmo após já terem sido atendidos.
No documento, que Folha 8 teve acesso, o organismo sublinhou que não é viável interromper um treino para atender jornalistas que se atrasaram. Por isso, após os 15 minutos iniciais para filmagens e outros 10 minutos de entrevistas antes do treino, a Selecção cumpriu a sua parte com a comunicação social.
“Não houve impedimentos ao trabalho dos jornalistas, apenas uma chegada gradual de repórteres atrasados. Inclusive, a terceira equipa de televisão chegou quando já havia terminado o período destinado às filmagens”, lê-se.
Por fim e quando solicitado que os jornalistas se retirassem do estádio, alguns permaneceram conversando por mais de 15 minutos, resistindo à saída, enquanto o treinamento já havia entrado no modo de treino à porta fechada. Para a FAF, essa situação não corresponde à alegação de que foram escorraçados pela Selecção.