Atrasos na assinatura de despachos pelo Ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República e Coordenador da Comissão Multissectorial de Apoio à Realização do Censo Geral da População e Habitação 2024, Francisco Pereira Furtado, estão na base dos problemas técnicos e logísticos observados nas operações de campo aos agregados familiares pelos 92 mil profissionais supervisionados pelo (INE) Instituto Nacional de Estatística.
A situação que se vive na Casa Militar do Presidente da República chega ao Folha 8 de fontes ligadas à Comissão Multissectorial de Apoio à Realização do Censo Geral da População e Habitação coordenada pelo Ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República.
A situação que se vive na Casa Militar do Presidente da República e que está na base dos problemas operacionais, técnicos e logísticos observados nas operações de campo aos agregados familiares, bem como no adiantamento para o arranque do processo censitário inicialmente anunciado pelo INE (Instituto Nacional de Estatística) para o dia 19 de Julho do ano em curso faz parte de um conjunto de irregularidades denunciadas ao Folha 8 de fontes ligadas a Comissão Multissectorial de Apoio à Realização do Censo Geral da População e Habitação coordenada pelo Ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República que “por falta de experiência na condução do processo ou excesso de burocracias não despacha documentos importantes para o Director-Geral do INE na qualidade de coordenador do Grupo Técnico de Apoio à Comissão Multissectorial do Censo Geral da População trabalhar de forma exitosa”.
O atraso no início das operações de campo aos agregados familiares já está a deixar inquieta a população angolana. A técnica de Gestão e Administração Públicas, Jéssica Bumba, lamenta a falta de transparência na condução do processo censitário e esclarecimento público pelos atrasos nas operações de campo aos agregados familiares desde o início do censo em 19 de Setembro do ano em curso em todo o país.
“Esta segunda operação do censo na história pós-colonial do país está a mostrar ser o mais mal preparado e conduzido. E não se percebe, porque o Executivo teve 10 anos para se preparar” criticou o docente universitário na província do Bengo, Francisco de Barros Sousa.
O arranque do processo censitário aconteceu quinta-feira, 19 de Setembro, em todo o país. No município do Cazenga, província de Luanda, o acto foi testemunhado pelo Ministro de Estado e Coordenador da Comissão Multissectorial de Apoio à Realização do Censo Geral da População e Habitação, Francisco Pereira Furtado, testemunhou, quinta-feira, no município do Cazenga, em Luanda, o arranque do processo censitário, onde reconheceu a existência de “problemas técnicos ou logísticos” que poderão atrapalhar as equipas dos 92 mil profissionais, entre assistentes técnicos provinciais, assistentes técnicos militares, informáticos regionais e agentes recenseadores, porém garantiu tudo estar a fazer para ultrapassar os desafios.
Na província do Bengo, os agentes recenseadores do censo negam sair às ruas para recolher dados sobre a população e habitação. Em causa está a redução do valor da remuneração de 156.000.00 (cento e cinquenta e seis mil) Kwanzas para 60.000.00 (sessenta mil) kwanzas.
As alegações da coordenação provincial de apoio técnico ao Censo Geral da População e da Habitação, revelam fontes próximas, “têm que ver o número de agentes excessivos no processo”.