Angola está a acompanhar o surto de varíola do macaco na República do Congo e na República Democrática do Congo e reactivou o plano de controlo da doença, embora sem registo de qualquer caso, anunciou hoje o Governo.
O Ministério da Saúde angolano salientou, num comunicado, que decidiu reactivar o Plano Nacional de Contingência para o Controlo da Varíola do Macaco como medida de precaução para implementar acções de prevenção e resposta rápida de um provável surto da doença.
O plano inclui medidas de vigilância epidemiológica como detecção precoce de casos suspeitos e identificação dos contactos e avaliação da evolução da epidemia, bem como da eficácia das medidas de controlo.
A Varíola do Macaco (Monkeypox) é um vírus transmitido aos seres humanos a partir de macacos e roedores que se manifesta através de febre, dor de cabeça, fadiga, dor muscular, erupções cutâneas generalizadas (lesões na pele), tendo um período de incubação de 5 a 21 dias.
Entre as medidas preventivas, o Ministério aconselha a lavagem frequente das mãos; não caçar, nem comer a carne de macacos e roedores (ratos, camundongos e esquilos); evitar a exposição directa à carne e sangue destes animais; e evitar contacto físico com pessoas que apresentem os sinais e sintomas acima referidos, bem como materiais e utensílios por eles usados.
“O Ministério da Saúde reitera o compromisso de manter invioláveis as fronteiras sanitárias e apela à sociedade, vigilância, calma e serenidade na certeza que tudo fará para que a Varíola do Macaco não chegue ao nosso país”, acrescenta-se no comunicado.
Em Maio, o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos alertou para o risco de uma versão mais mortal da varíola dos macacos na República Democrática do Congo (RD Congo), apelando a uma acção global urgente.
Segundo a agência, durante 2023 e até Maio, cerca de 19.900 casos da Clade I, a versão mais mortal do vírus, foram registados em 25 das 26 províncias da RD Congo, resultando em pelo menos 975 mortes.
O CDC apelou a uma acção global urgente para ajudar o país africano nos seus esforços para conter o vírus, já que se receia a propagação da estirpe mortal a outros países, noticiou na altura a agência de notícias espanhola, EFE.
Milhares de pessoas foram infectadas com a doença em 2022 em todo o mundo, especialmente homens homossexuais e bissexuais, tendo o CDC declarado que, actualmente, “uma versão mais mortal da varíola do macaco está a devastar a RD Congo”.