A Polícia angolana desmantelou, em Luanda, um grupo de supostos marginais, liderados por um menor de 10 anos, que se dedicavam ao crime de roubo em residências e estabelecimentos comerciais, com recurso a catanas e facas.
Segundo o informe do comando provincial de Luanda da Polícia Nacional, o grupo era ainda integrado por outros menores de 16 e 17 anos e um adulto de 37 anos, que actuavam no distrito urbano do Zango, município de Viana.
Conta-se que, em tempos, o mais ilustre comandante da Polícia Nacional (do MPLA), Paulo de Almeida, fez uma de muitas acções de pedagogia cívica numa escola de uma aldeia da Lunda Norte.
A professora do ensino primário explicava aos alunos a importância do Comandante da Polícia Nacional, Paulo de Almeida, para preservar a segurança do país.
A professora pediu que levantassem a mão todos aqueles que gostavam de Paulo de Almeida. Todos os alunos, por temerem represálias, levantaram a mão, excepto um menino que estava sentado no fundo da sala.
A professora olhou para o menino com surpresa e perguntou-lhe:
– Joãozinho, por que não levantaste a mão?
– Por que não gosto do comandante Paulo de Almeida, respondeu o puto.
A professora perguntou de novo:
– Se não gostas de Sua Excelência o Comandante Paulo de Almeida, então com quem é que simpatizas?
– Com o José Mateus “Zecamutchima”, respondeu com orgulho o Joãozinho.
A professora cujos ouvidos fanáticos não podiam dar crédito a algo assim, corou, irritou-se, fez um pedido de desculpas a Sua Excelência o Comandante Paulo de Almeida, e exclamou:
– Joãozinho, diz-me: porque é que gostas desse tal… “Zecamutchima”?
O menino muito tranquilo respondeu:
– A minha gosta dele, o meu pai também, o meu irmão também, por isso eu também gosto do “Zecamutchima”.
– Bem, replicou a professora – mas isso não é um bom motivo. Tu não tens que gostar desse “Zecamutchima” como os teus pais. Por exemplo, se a tua mãe fosse mentirosa, o teu irmão um ladrão e o teu pai um corrupto, com quem é que simpatizavas?
– Nesse caso, respondeu o Joãozinho, simpatizava com Sua Excelência o Comandante Paulo de Almeida!
Nota. Com excepção dos dois primeiros parágrafos, todo o restante texto é de ficção, sendo que qualquer semelhança com a realidade é (ou não) mera coincidência.