A consultora Fitch Solutions antevê um “crescimento fraco” de 1,7% este ano em Angola, principalmente sustentado no aumento das exportações de petróleo e na recuperação económica do país, apesar de o consumo continuar abaixo do previsto.
“Prevemos que o Produto Interno Bruto de Angola cresça apenas 1,7% em 2021, depois de ter registo um crescimento negativo de 5,2% em 2020, e antecipamos que a queda de 3,4% no primeiro trimestre face ao período homólogo seja a última deste ano, já que a lenta recuperação na procura interna vai contribuir para o regresso ao crescimento no segundo semestre”, escrevem os analistas.
Na nota enviada aos investidores, os analistas desta consultora detida pelos mesmos donos da agência de notação financeira Fitch Ratings consideram que “a despesa pública e privada vai continuar a enfrentar dificuldades, limitando a sua contribuição para o crescimento económico”.
De acordo com a análise da Fitch Solutions, as exportações serão o principal motor da recuperação económica, principalmente no sector do petróleo.
“Antevemos uma subida nas exportações de petróleo a partir do segundo semestre deste ano, com pequenos projectos a começarem a carburar, e com a redução gradual dos cortes decididos pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP)”, lê-se na nota, que prevê uma significativa subida do preço de petróleo, de 43,2 dólares por barril em 2020 para 72 dólares este ano.
A subida do preço do barril, conjugada com a previsão da Fitch Solutions de um aumento da produção em 2,2% este ano, depois de cinco anos de declínio, “vai dar um significativo apoio às exportações, já que o petróleo representa 89,4% das vendas de Angola ao exterior em 2020”, concluem os analistas.
Lusa