ANGOLA. O Banco Mundial vai financiar com 110 milhões de dólares (92 milhões de euros) um projecto para melhorar o desempenho de 300 estabelecimentos de cuidados primários de saúde em Angola, foi hoje anunciado em Luanda.
Segundo uma nota da Casa Civil do Presidente da República, o chefe de Estado angolano, João Lourenço, exarou hoje um despacho a aprovar o Acordo de Financiamento “a celebrar em breve” pelo Ministério das Finanças e o Banco Mundial, “para a cobertura do Projecto de Fortalecimento do Sistema Nacional de Saúde”.
Este projecto, acrescenta a nota, “beneficiará mulheres em idade reprodutiva e crianças menores de cinco anos”, em 21 municípios de um conjunto de sete províncias angolanas, casos de Luanda, Bengo, Lunda-Norte, Moxico, Malanje, Uíge e Cuando Cubango.
O acordo de financiamento “vai permitir melhorar o desempenho” de aproximadamente 300 estabelecimentos de cuidados primários de saúde, repartidos por postos de saúde, centros de saúde e hospitais municipais, localizados nos 21 municípios.
Já em Janeiro deste ano o Banco Mundial acertou um financiamento de 70 milhões de dólares (58,6 milhões de euros) projectos de desenvolvimento local em Angola, segundo um acordo aprovado pelo chefe de Estado angolano, o primeiro desde a eleição de João Lourenço.
A informação consta do primeiro despacho presidencial de 2018, com data de 4 de Janeiro, no qual João Lourenço aprovava o acordo de financiamento com o grupo Banco Mundial, a concretizar através do International Bank for Reconstruction and Development (IBRD).
O documento justifica este financiamento com a necessidade de “concretizar o programa do executivo, no que tange à diversificação das fontes de financiamento para execução dos Programas de Investimentos Públicos”, neste caso para cobertura do Projecto de Desenvolvimento Local, não especificado.
Neste momento, o Banco Mundial financia sete projectos no país, um investimento de 806 milhões de dólares (cerca de 675 milhões de euros), nos sectores das águas, agricultura, saúde, desenvolvimento estatístico, educação, e protecção social.
Em Dezembro, a organização manifestou-se disponível para aumentar o seu apoio financeiro. Actualmente, a cooperação entre aquela instituição financeira mundial e Angola está focada em três eixos – assistência técnica, estudos e financiamentos de projectos.
Lusa