LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE? JÁ NÃO!…

Por vezes tenho dificuldade em compreender que a França, esse país anfitrião que amo, que me concedeu protecção internacional por motivos relacionados com graves violações de direitos humanos, crimes económicos e má governação em Angola e especialmente em Cabinda, possa hoje tornar-se esse capacho onde o incompetente presidente angolano veio limpar os seus sapatos com pele de crocodilo manchados com o sangue dos seus delitos e crimes governativas em benefício do seu único clã e partido, o MPLA.

Por Osvaldo Franque Buela

Numa altura em que esta bela França está a perder a sua influência em toda a África francófona, onde está agora muito atrás da China, da Rússia e da Índia, possa receber um ditador que está a governar um grande país como Angola, com grande potencial económico que deixa as pessoas com inveja, com total descrédito e em todas as áreas.

João Lourenço espera beneficiar de um efeito de luz com um Emmanuel Macron cuja imagem atingiu uma curva de impopularidade nunca alcançada por um presidente, numa França em plena crise política, cujas decisões políticas hoje dividem a França pela fragilidade de uma governação que os franceses sancionaram duas vezes nas urnas uma França de Macron que acaba de conhecer a nomeação de quatro primeiros-ministros em quatro anos?

O ridículo não mata, e isto também é política, a arte de transformar ditadores em heróis por razões puramente comerciais, e nós, angolanos, no exílio ou no interior do país, tomamos nota desta recepção e a história recordará esta data, que também marca o 50º aniversário dos acordos de Alvor que integraram Cabinda em Angola sem o consentimento dos mesmos.

Para os Cabindenses e outros pan-africanos que amam a paz e a justiça, saibam que o pior ainda está para vir, o pior está a chegar a um ritmo rápido, no mês de Fevereiro, quando o destino da União Africana será colocado nas mãos de um Presidente incompetente, João Lourenço.

O pior porquê? Este presidente nunca considerou os seus adversários políticos como adversários mas sim inimigos, para ele o povo são os dóceis militantes do MPLA, o resto são inimigos, para ele o Ruanda pode continuar a massacrar os congoleses e a saquear as suas riquezas como o fazem os seus militares em Cabinda… e enquanto os seus esquadrões da morte semeiam a violência em Luanda e em todo o país, com total impunidade.

Se a sua mediação na crise do Ruanda-RDC continua a sofrer fracassos e desprezo por parte do Presidente Paul Kagame, o que fará ele no topo da UA com as múltiplas crises que África atravessa como na Líbia, no Sudão, etc.? A marca do nosso país vai conhecer mais outro golpe negativo, o da notória incompetência caracterizada.

Se a imagem e a grandeza de um país se vêem através da imagem transmitida pelos seus dirigentes, olhem para a imagem do nosso presidente e verão o que Angola sofre apesar do seu grande potencial económico, apesar da força da sua juventude resiliente, apesar da nosso desejo de viver num país pacífico e desfrutar das suas riquezas.

Que Deus abençoe Angola, Cabinda e África em geral.

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