O Presidente da República, João Lourenço, demonstra, mais uma vez, que continua a utilizar o Estado e o erário público como instrumentos de serventia do MPLA ao nomear a vice-presidente do partido, Luísa Damião, que não desempenha qualquer função de Estado para o representar ao mais alto nível em Windhoek na cerimónia fúnebre do Presidente da Namíbia, Hage Geingob.
Assim, Luísa Damião lidera a delegação presidencial integrada igualmente pelo Ministro das Relações Exteriores, Téte António, o deputado do MPLA Pedro Sebastião, a Governadora Provincial do Cunene, Gerdina Didalelewa e a embaixadora de Angola na Namíbia, Jovelina Imperial.
Para manifestar os seus sentimentos de pesar ao Presidente em funções, Nangolo Mbumba, pela morte do seu homólogo da República da Namíbia, Hage Geingob, falecido por doença no passado dia 4, João Lourenço orientou o envio de uma delegação encabeçada pela vice-presidente do MPLA, Luísa Damião.
A informação consta de um comunicado da Embaixada de Angola naquele país, agora tornado público, e a propósito do qual o jornalista Graça Campos critica o Presidente da República, João Lourenço, ao considerar a nomeação de Luísa Damião – “que não exerce quaisquer funções de Estado que lhe permitam representar o Presidente da República seja em que acto for” – para que o represente ao mais alto nível em demonstração flagrante de que “desde 1975 o MPLA continua a confundir-se deliberadamente com o Estado”.
De acordo com Graça Campos, o MPLA que continua a ser o mesmo Partido/Estado desde 1975 persiste na utilização do “Estado como seu instrumento”. Suportando as despesas e investimentos do MPLA com o erário público.
A cerimónia fúnebre com honras de Estado do Presidente da Namíbia, Hage Geingob, falecido por doença, aos 82 anos, está prevista para os próximos dias 24 e 25 deste mês.
Hage Geingob que desempenhou um papel significativo na luta pela independência da Namíbia chegou ao poder em 2015.
Geraldo José Letras
[…] Source […]
[…] Source link […]