Fortes chuvas registadas na noite deste domingo, na província do Kwanza-Norte, município de Cambambe, na vila do Dondo, causaram na madrugada de hoje o desabamento da ponte do rio Mukozo, da Estrada Nacional 230 (EN230). Talvez seja mais uma prova de que, como muito bem diz João Lourenço, o MPLA fez muito mais em 50 anos do que os portugueses em 500…
Por Domingos Miúdo
O desabamento ocorreu devido o aumento exponencial do caudal do rio Mukozo que acabou corroendo a lateral esquerda da ponte para quem vem do sentido Luanda – Dondo, ou lateral direita no sentido Dondo – Luanda.
No estado corroído que se encontra urge a necessidade de interditar a via relativamente a carros, daí que a população já começou a sentir o peso das consequências que o desaire acarreta. Com esta limitação, pesa, principalmente, aos passageiros ou mercadorias que vão para o sul do país, nomeadamente para as províncias do Kwanza-Sul, Huambo, Bié, sendo que EN230 é sua principal via de trajecto.
Com esta estratégica ponte interditada, a economia mergulhará na asfixia, pois, penalizar-se-á o escoamento de produto para a capital (Luanda) vindas, por exemplo, do Huambo ou Bié, pois, para que se chegue ao destinatário terão que percorrer vias alternativas, algo que vai requer custos adicionais e, consequentemente, quem assim arriscar, poderá arriscar os ganhos. Então, sobre a mente pesará: entre ganhar pouco, escoando dentro da sua província, ou ganhar nada, escoando em Luanda. Certo que se opta, facilmente, pela primeira opção.
A visita do governador da província do Kwanza-Norte, João Diogo Gaspar, ao terreno nada diz aos munícipes daquela circunscrição sobre a aceleração da resolução do problema. É caso de Pedro Mavenda, morador daquela comunidade, que para além de céptico quanto à rapidez do conserto da ponte, lamentou sobre os constrangimentos que isso poderá causar aos munícipes, impedindo de viajar e, principalmente, de não irem à lavra.
A par de muitos, Campos De Brito espera que a visita do governador acabe resultando em acções práticas e que não seja uma visita de mera formalidade e de marketing individual, para que os moradores se livrem desta agonia o mais cedo possível.
“As pessoas têm dificuldade em se locomover. As viaturas têm que parar noutro lado do rio e as pessoas têm de fazer as travessias a pé para um outro lado, afim de evitar qualquer deslizamento, caso se tentasse passar de carro”, disse.
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