PRÓTESES CEREBRAIS ESTÃO A AVARIAR

Em clima de tensão na Assembleia Nacional, deputados do MPLA, partido no poder há 48 anos, acusaram a UNITA de “colocar em causa” a imagem do chefe de Estado, João Lourenço. Mas a oposição minimizou o “nervosismo” dos “camaradas”. Esqueceram-se de defender a imagem do Presidente do MPLA, do Titular do Poder Executivo e do Comandante-em-Chefe das Forças Armadas. Lamentável.

Por Orlando Castro (*)

N a sessão plenária da Assembleia Nacional, os deputados (mais sipaios obedientes) do MPLA reagiram à proposta da UNITA para a destituição, como previsto pela Constituição, de João Lourenço, acusando a oposição de estar a recorrer a tácticas de desinformação. É claro que muitos dos deputados do MPLA são analfabetos (funcionais) e, por isso, nunca leram a Constituição. Outros, embora sabendo ler, só sabem ler aquele que é o maior “best-seller” da história do MPLA – o livro de cheques.

Nas discussões, em plenário, sobre os projectos de lei de autorização legislativa que autoriza do Presidente angolano a deduzir o prémio de investimento em sede do Imposto sobre o Rendimento de Petróleo nas Concessões dos blocos 18/15, 46 e 47, os deputados da UNITA criticaram a actual realidade do país e os deputados do MPLA, em resposta, manifestaram-se “solidários” com João Lourenço.

“Aproveito o ensejo para encorajar o camarada Presidente da República no sentido de continuar para o bem-estar dos angolanos, estamos consigo camarada Presidente”, disse a deputada do MPLA, Helena Vando Marciano, no final da sua intervenção, escrita pelo DIP (Departamento de Informação e Propaganda) do partido que lidera o ranking dos que mais corruptos têm por metro quadrado.

Quem também interveio e disse “estar” com o Presidente general, também líder do MPLA, foi o deputado dos “camaradas”, Armando Capunda, recordando que João Lourenço “foi legitimamente eleito pelo povo angolano”. Esqueceu-se de dizer que ele, ao contrário de José Eduardo dos Santos, não é o escolhido de “Deus” mas, por outorga divina, é o próprio “Deus”.

O grupo parlamentar da UNITA apresentou, há uma semana, uma proposta de destituição de João Lourenço, alegando (fundamentadamente, como – por exemplo – podem testemunhar 20 milhões de angolanos pobres) que o Presidente angolano “subverteu o processo democrático no país e consolidou um regime autoritário que atenta contra a paz”.

Fundamentos doutrinários, político-constitucionais e políticos de desempenho constituem os eixos da iniciativa da UNITA, referindo que a governação de João Lourenço “é contra a democracia, contra a paz social e contra a independência nacional”.

Em reacção, um dia depois, o MPLA pôs os seus melhores cérebros (todos com ligação directa aos intestinos) a pensar… O cheiro tornou-se nauseabundo, quase parecendo uma nuvem tóxica a derramar toneladas de fezes sobre Angola.

Assim, acusaram a UNITA de ser “irresponsável” e de querer ascender ao poder “sem legitimação”, afirmando que os seus deputados iriam tomar providências para impedir que o parlamento angolano seja instrumentalizado. A ameaça foi de tal ordem que o mundo parou. Uma das máximas escolhidas pelo MPLA para a luta, certamente proposta por Rui Falcão ou qualquer outro eunuco similar, é recuperada de Agostinho Neto e diz: “Não vamos perder tempo com julgamentos”. Outra acrescenta: “O fuzilamento é o único castigo que eles merecem”.

Esta quarta-feira, o deputado do MPLA João Pilamosi Domingos disse que a UNITA quer “a todo o custo criar o caos entre os angolanos recorrendo à desinformação, semeando notícias falsas, colocando em causa a imagem do Presidente da República”. Ao contrário dos seus correligionários, este deputado não tem o cérebro ligado aos intestinos. Pura e simplesmente não tem cérebro e a prótese que usa no seu lugar está enferrujada (foi fabricada pelos chineses).

“E (criar), acima de tudo, o sentimento de insegurança às populações, como se não bastasse, acreditam mesmo que seriam capazes de desestruturar a unidade e coesão no seio do MPLA”, apontou. O rapaz precisa e ser internado. Já não diz coisa com coisa…

(*) Com Lusa

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