A ONG angolana Mosaiko e a Rede de Defensores de Direitos Humanos da SADC apresentaram uma queixa-crime na Procuradoria-Geral da República da Lunda Norte por “retenção ilegal e perseguição” da equipa que se deslocou a Cafunfo, anunciaram num comunicado.
Na sequência dos incidentes de 30 de Janeiro, de que resultaram um número indeterminado de mortes, uma equipa de quatro elementos deslocou-se até à vila mineira para apurar as razões da detenção do catequista André Candala, coordenador da Comissão Paroquial de São Francisco Xavier, após fazer declarações à Lusa sobre o assunto.
No entanto, a equipa constituída por uma assistente social, dois advogados e um funcionário de apoio logístico que chegou a Cafunfo, no dia 9 de Fevereiro, três dias depois da detenção do catequista, que foi libertado algumas horas mais tarde, foi impedida de sair da casa paroquial onde se alojou.
Os membros da ONG acabaram por abandonar Cafunfo alguns dias depois, sem realizar a sua missão e queixando-se da acção intimidatória da polícia.