O ex-primeiro-ministro de Cabo Verde, Carlos Veiga, anunciou que é candidato às eleições presidenciais de 17 de Outubro, independentemente do apoio do Movimento para a Democracia (MpD), partido no poder que liderou e foi um dos fundadores.
Em declarações aos jornalistas na Praia, logo após o anúncio, na terça-feira, de convocatória de eleições presidenciais pelo actual chefe de Estado, Jorge Carlos Fonseca, o advogado Carlos Veiga confirmou que vai entrar na corrida.
“Sou candidato às eleições presidenciais, mas sou candidato independente, apoiado provavelmente pelo MpD. Espero também por apoio de outros partidos”, garantiu Carlos Veiga, que há precisamente 30 anos, em 13 de Janeiro de 1991, foi o primeiro chefe de Governo escolhido em eleições livres e multipartidárias em Cabo Verde.
Carlos Veiga já foi candidato a Presidente da República de Cabo Verde nas eleições de 2001, em que teve 49,95% dos votos, e em 2006, quando obteve 49,02%, perdendo as duas eleições presidenciais para Pedro Pires.
Foi primeiro-ministro de Cabo Verde no Governo do MpD de 1991 a 2001 e esteve colocado como embaixador de Cabo Verde em Washington durante três anos, até 31 de Janeiro de 2020.
Às eleições presidenciais de 17 de Outubro já não concorre Jorge Carlos Fonseca, actual Presidente e que cumpre o segundo e último mandato.
Ainda antes do anúncio da convocatória de eleições presidenciais – e eleições legislativas para 18 de Abril -, o deputado Hélio Sanches tornou-se em Dezembro na primeira personalidade a disponibilizar-se para se candidatar a Presidente de Cabo Verde.
“Estou disponível para encarar este desafio”, anunciou Hélio Sanches, deputado nacional do MpD (no poder), em conferência de imprensa, na cidade da Praia.
Entre outros cargos desempenhados, Hélio Sanches já foi director geral do Património do Estado, secretário-geral do Governo, membro da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e é actualmente líder parlamentar da África Ocidental no Parlamento Pan-africano.
Da parte do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição) o nome praticamente dado como certo é o de José Maria Neves, ex-primeiro-ministro e ex-presidente do partido, que em entrevista anterior à Lusa já admitiu entrar na corrida eleitoral.
Lusa