ANGOLA vai instalar mais de duas dezenas de novas estações de comunicação no âmbito segunda fase da modernização do espaço aéreo, para cumprir as normas internacionais, permitindo melhorar a gestão estratégica do tráfego aéreo, anunciou o Governo.
De acordo com informação disponibilizada hoje pelo Ministério dos Transportes angolano, em causa está um contrato assinado em Abril entre a Empresa Nacional de Exploração de Aeroportos e Navegação Aérea de Angola e a empresa canadiana Intelcan Techonosystems, com vista à aplicação da segunda fase do Programa de Gestão e Controlo do Espaço Aéreo Civil (PGCEAC).
O investimento, de 63,360 milhões de dólares (54 milhões de euros), prevê, no domínio dos sistemas de equipamentos de comunicações, a instalação de 14 estações VHF-ER (Very High Frequency-Extended Range), para perfazer 21 estações VSAT (Very Small Aperture Terminal), incluindo o reforço das comunicações do sistema de vigilância ADS C-CPDLC (Automatic Dependent Surveillance Contract and Controller Pilot data link Communication), já existente.
No domínio da vigilância aérea, o Ministério dos Transportes explica que serão instaladas nove estações de solo do ADS B (Atimatic Dependent Surveillance Broadcast) e implementado o sistema ABS B – Space Based, via satélite, entre outros equipamentos.
“O PGCEAC tem por finalidade o reforço na modernização da navegação e consequentemente na melhoria da gestão estratégica do tráfego aéreo em Angola”, garante a mesma informação, do Governo angolano.
A implementação da segunda fase do PGCEAC “transformará a região de informação de voo” de Angola “num espaço aéreo de referência internacional, a nível da segurança e eficiência, em consequência da modernização da navegação e qualidade dos serviços de controlo de tráfego aéreo”.
A autorização para este negócio foi feita por despacho presidencial de 2 de Abril, visando “a modernização do espaço aéreo, quer no que respeita a sistemas e equipamentos quer no que respeita ao cumprimento de todas as normas e recomendações da Organização da Aviação Civil Internacional para a região”.
Esta autorização, assinada pelo Presidente angolano, João Lourenço, surge precisamente depois de o ministro dos Transportes de Angola, Augusto Tomás, ter estado de visita, no final de Fevereiro, às instalações do consórcio Intelcan, em Otava, para conhecer os equipamentos e sistemas de apoio à navegação aérea ali produzidos.
Aprovado em 2013 pelo Governo e com um plano de desenvolvimento na altura definido para quatro anos, o PGCEAC pretende reforçar o nível dos serviços de apoio aeroportuário e de navegação aérea.
Lusa