ANGOLA. A taxa de inflação em Angola, a 12 meses, voltou a descer em Fevereiro, pelo segundo mês consecutivo, fixando-se nos 38,3%, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com o relatório mensal do INE sobre o comportamento da inflação, os preços subiram de Janeiro para Fevereiro mais 2,30% em termos nacionais (2,25% no mês anterior), abaixo dos quase 4% de Julho.
Entre Janeiro e Dezembro de 2016 os preços em Angola subiram praticamente 42%, segundo os relatórios anteriores do INE com o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN).
Em Fevereiro, mês de arranque do ano lectivo em Angola, a subida de preços foi influenciada sobretudo pelo sector da educação, com aumentos de 36,5% no sector da “Educação”, além do “Vestuário e Calçado”, com 3,02%, e dos “Bens e Serviços Diversos”, com 3,01%.
O valor da inflação a um ano está acima da previsão de 15,8% para o período entre Janeiro e Dezembro que o Governo inscreveu no Orçamento Geral do Estado de 2017.
Desde Setembro de 2014 que a inflação em Angola não para de aumentar, acompanhando o agravamento da crise económica, financeira e cambial decorrente da quebra na cotação internacional do barril de petróleo bruto, o que fez disparar o custo nomeadamente dos alimentos, levando algumas superfícies a racionar vendas.
O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, anunciou a 3 de Fevereiro um “novo programa macroeconómico executivo”, cuja estratégia “visa atacar com prioridade a inflação, para a reduzir de modo significativo”, bem como a “diversificação e o aumento das exportações e das receitas fiscais”.
As subidas de preços no último mês em Angola foram lideradas pelas províncias de Luanda (2,59%), Lunda Norte (2,39%), Cuanza Norte (2,35%) e Cuanza Sul (1,96%), enquanto na posição oposta figuraram as províncias da Huíla (0,95%), do Bié (1,15%), do Huambo (1,42%) e de Benguela (1,54%).
Lusa