ANGOLA. Num acto considerado inédito, a Polícia Nacional de Angola expulsou dois agentes por conduta indecorosa, sendo que um deles está na corporação há menos de um mês.
Esperança Salvador Lourenço, que foi incorporada há menos de uma semana na Unidade de Trânsito de Luanda, fazia dupla com um Agente de Primeira, adstrito à Ordem Pública, Carlos Maria da Conceição Gaspar, por sinal, já mais antigo na instituição policial afecta ao Ministério do Interior (MININT).
Segundo os dados, que foram divulgados através da página da própria corporação, os dois agentes afectos ao Comando Provincial da Polícia Nacional em Luanda foram apanhados, em flagrante, a coagir automobilistas, exigindo destes a famosa “gasosa”, fenómeno que a corporação quer estancar no seio dos efectivos.
Os agentes incorreram no “crime de concussão”, por terem coagido os automobilistas a pagarem 1.500 Kwanzas, para evitarem a apreensão da documentação e da viatura.
Face ao sucedido, o Comandante Geral da Polícia Nacional, comissário-chefe Ambrósio de Lemos, exarou o despacho de expulsão (Despacho nº 200/16), a fim de servirem de aviso aos demais agentes, que pretendam enveredar por tal conduta indecorosa.
O acto de afastamento dos polícias, que foi presidido pelo delegado provincial do Ministério do Interior e, concomitantemente, comandante provincial da Polícia Nacional, comissário-chefe António Maria Sita, teve lugar na Unidade Operativa de Luanda, na presença de vários outros agentes e oficiais da corporação.
“Esperamos que este seja o último caso do género, pois aqueles que persistirem nos actos, terão o mesmo destino”, afirmou o responsável.