ANGOLA . O Comando Geral da Polícia Nacional lamentou e condenou, em comunicado de imprensa, o acto bárbaro que provocou a morte de um Subinspector da Corporação, durante a invasão de marginais que pretendiam libertar comparsas detidos no Posto Policial do Bita Progresso, em Viana, Luanda.
Por Antunes Zongo
Ora, o Posto Policial do Bita Progresso, cujo corte da “fita-inaugural” coube ao comandante-geral da Polícia Nacional, Ambrósio de Lemos, em Dezembro de 2013, foi construída com objectivo de dar respostas às queixas dos moradores daquela localidade. Mas parece que os efectivos aí destacados têm-se revelado incapazes de manter a ordem e a tranquilidade públicas na referida zona.
Tão pouco conseguem, com precisaão e objectividade, manter a inviolabilidade do próprio Posto da Polícia, tendo em conta as informações horripilantes constantes no citado comunicado lavrado pelo Comando Geral da Corporação.
No entanto, de acordo ao referido documento distribuído à imprensa, no passado dia 02.10.16, um grupo de jovens invadiu o Posto Policial do Bita Progresso com o objectivo de resgatar os amigos marginais que se encontravam detidos nas celas da referida esquadra.
Na vã tentativa de frustrar a operação dos delinquentes fortemente armados, um Subinspector e um agente foram baleados – o oficial conheceu morte imediata, o agente teve sorte, e já se encontra alegadamente fora de perigo.
“Da tentativa de evasão perpetrada, um dos detidos, identificado como Francisco Pedro, também conhecido por Picho e Guelor Milo, conseguiu colocar-se em fuga. A Polícia Nacional lamenta a morte do oficial em serviço e vai envidar todos os esforços no sentido de levar à justiça os seus autores”, lê-se no comunicado.
Fazendo fé nas informações em nossa posse, o grupo de marginais, composto por aproximadamente 11 indivíduos, dirigiu-se ao referido Posto Policial, fingindo ter capturado um delinquente e que em face disso, desejava entregá-lo às autoridades competentes. Informado da pretensão, o sentinela cedeu a passagem e, concomitantemente, o oficial de dia, Francisco Capassola, também se deixou cair pela maléfica estratégia dos criminosos, aceitando encaminhar o alegado “bandido”, na companhia de seus supostos captores, à zona das celas. Daí se desenrolou a tragédia.
No entanto, o Posto Policial do Bita Progresso sito na mesma rua onde se encontra a unidade do Posto Comando Unificado (PCU), integrado por efectivos das forças armadas. Apesar da proximidade, não houve socorro da parte destes. Ironicamente, operacionais do PCU alegam falta de coordenação.