MOÇAMBIQUE. O ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Oldemiro Baloi, criticou hoje o suposto silêncio cúmplice de países e organizações nacionais e internacionais face aos alegados crimes cometidos pela Renamo.
“O que mais preocupa é o silêncio cúmplice, o silêncio de países, de organizações, dentro e fora do país, que não condenam estas práticas da Renamo”, afirmou Baloi, em entrevista hoje à emissora pública Rádio Moçambique.
A condenação ao “crime, ao assassinato e ao roubo” alegadamente perpetrados pela Renamo, prosseguiu o chefe da diplomacia moçambicana, não é necessariamente dar razão ao Governo, é dizer que há formas de resolver as diferenças políticas.
Oldemiro Baloi acrescentou que o executivo moçambicano valoriza todas as ideias tendentes à pacificação do país, independentemente da sua proveniência, numa referência à crise política e militar em Moçambique.
O Governo moçambicano acusa o braço armado da Renamo de perpetrar ataques contra alvos civis e militares como forma de pressão ao executivo na sua exigência de governar em seis províncias onde o principal partido de oposição reivindica vitória nas eleições gerais de 2014.
Governo e Renamo retomaram na segunda-feira as negociações de paz após cerca de três semanas de interregno, a pedido dos mediadores internacionais, mas à saída do encontro não prestaram declarações à imprensa.