A contracepção chegou a mais mulheres em Timor-Leste, onde a taxa de acesso foi de 14,9% em 2013, segundo um relatório sobre planeamento familiar publicado hoje em Londres.
Das mulheres timorenses casadas em idade reprodutiva, 45,3% conseguiu acesso à contracepção, enquanto que a taxa de mulheres cuja necessidade não foi satisfeita desceu para 30,8%, refere o estudo elaborado pelas Nações Unidas e pela Fundação Bill e Melinda Gates.
O documento faz o balanço do progresso desde a Cimeira sobre o Planeamento Familiar que decorreu em Londres em 2012, na qual líderes internacionais se comprometeram a alargar o acesso à contracepção a mais 120 milhões de mulheres nos 69 países mais pobres até 2020.
O uso de métodos contraceptivos modernos permite fazer um planeamento familiar mais eficaz, estimando-se que tenham 77 milhões de evitar gravidezes indesejadas naqueles países, protegendo a saúde e a vida de mulheres em risco por causa de abortos inseguros.
O método contraceptivo moderno predominante em Timor-Leste é o injectável (71,1%%), seguida de pílula (7,4%), sendo o planeamento familiar mais usado nas zonas urbanas (28,2%) do que nas áreas rurais (18,7%).
Por outro lado, o uso de contracepção na Guiné-Bissau desacelerou em 2013, ficando-se actualmente pelos 11,6%, mantendo-se frequente o método de amenorreia lactacional.
O método de contracepção mais popular na Guiné-Bissau é o dispositivo intra-uterino (28,2%), seguido de preservativo (22,5%) e do método de amenorréia lactacional (19,7%), um método natural que usa a amamentação para impedir a ovulação feminina.
A pílula, um método comum noutros países, só tem uma adesão de 8,5%.