ANGOLA. A província da Huíla está com dois municípios afectados por um surto de sarna, tornando-se esta na terceira região de Angola, depois do Moxico e da Lunda Sul, com casos desta doença, anunciaram hoje as autoridades sanitárias.
O anúncio foi confirmado pela responsável do departamento de saúde pública e controlo de endemias da Huíla, Fátima Barros, que defendeu a realização de acções de prevenção nas comunidades.
Tratam-se dos municípios de Quipungo e Matala, onde mais de 30 famílias estão infectadas, aguardando por tratamento.
Um dos doentes, que falava à rádio pública angolana, disse que devido à falta de medicamento para o tratamento da doença, tem utilizado sal e limão para alívio dos sintomas.
“Se olharmos para a componente comunitária, é aí onde devem começar as acções, a velha máxima diz que vale a pena prevenir do que remediar”, disse Fátima Barros à emissora pública angolana.
Sobre a situação, a directora nacional de Saúde Pública, Isilda Neves, disse que foi solicitado às províncias informação mais precisa sobre os casos da doença, mas até ao momento ainda não foram fornecidos os dados de todas as regiões.
“Mas acreditamos que seja uma situação mais ou menos generalizada. O que fizemos foi solicitar dados concretos de cada uma das províncias, mas ao mesmo tempo, o Ministério da Saúde, adquiriu o medicamento para o tratamento da sarna e que já foi enviado para as províncias”, disse.
A sarna é uma das doenças parasitárias humanas mais frequentes e é contagiosa, mas tem tratamento.
Na província do Moxico, leste de Angola, os casos de sarna assolam vários municípios, sendo que, os últimos registos em finais de Abril, apontavam para mais de 300 casos, afectando sobretudo crianças dos cinco aos dez anos.
Na Lunda Sul, província assolada desde 2016 por casos de sarna, registou em 2017 um total de 3.842 casos, enquanto no primeiro trimestre deste ano tinham sido notificados 1.048 em quatro municípios, incluindo a capital, Saurimo.
Lusa