ANGOLA. A petrolífera colombiana Ecopetrol cedeu à Statoil, da Noruega, a participação que tinha em dois blocos de produção petrolífera no ‘offshore’ angolano, três anos depois de a ter comprado aos noruegueses.
A informação consta de dois decretos executivos, de 4 e 9 de Maio, ambos assinados pelo ministro dos Petróleos de Angola, Botelho de Vasconcelos, autorizando a Ecopetrol, através da sua subsidiária na Alemanha (Ecopetrol Germany GmbH), a fazer a cessão do interesse participativo nos dois blocos.
No caso do bloco 38/11, os colombianos vendem toda a participação de 10% à Statoil, com a petrolífera da Noruega a elevar a 70% a participação neste bloco, cabendo os restantes 30% à concessionária estatal angolana Sonangol.
O documento do Ministério dos Petróleos, que não adianta valores envolvidos no negócio, acrescenta que a Sonangol “não irá exercer o direito de preferência em relação à transmissão” desta participação, podendo assim avançar a venda.
No caso do bloco 39/11, a Ecopetrol vende a participação de 10% entre a Statoil (9,17%) e a Total (0,83%). Os noruegueses passam a ter uma posição de 61,67% e a Total 8,33%, cabendo os restantes 30% à Sonangol.
A petrolífera colombiana Ecopetrol justificou em Julho de 2014 a entrada no mercado da prospecção de petróleo em Angola, através da aquisição de duas participações aos noruegueses da Statoil, com o objectivo de diversificar a actividade internacional.
A intenção resultou de um acordo então alcançado com a Statoil, para aquisição de duas participações de 10 por cento nos blocos offshore 38 e 39, em águas profundas no sul de Angola, à petrolífera norueguesa.
Chegou a prometer constituir uma sucursal angolana, mas a baixa da cotação do barril de crude no mercado internacional fez cair o interesse pela prospecção em Angola, actualmente o maior produtor de petróleo em África.
A Ecopetrol é a maior petrolífera da Colômbia e uma das quatro principais da América Latina. Garante mais de 60% da produção de petróleo na Colômbia e além do Brasil e EUA, está também presente, actualmente, no Peru.
Lusa