LITERATURA. Os escritores José Eduardo Agualusa e Mia Couto estão entre os finalistas do prémio literário internacional de Dublin deste ano, cujo vencedor é anunciado a 21 de Junho.
Agualusa está entre os dez finalistas com a edição em inglês de “Teoria Geral do Esquecimento”, enquanto Mia Couto está nomeado por “A Confissão da Leoa”, numa lista que inclui autores como Viet Thanh Nguyen, Hanya Yanagihara ou Orhan Pamuk.
O prémio literário de Dublin é gerido pelas Bibliotecas Públicas de Dublin, com o apoio da autarquia da capital irlandesa e é atribuído todos os anos a um livro escrito ou traduzido para inglês, tendo um valor de 100 mil euros (entregues na totalidade ao autor se o livro tiver sido escrito em inglês ou, caso se trate de uma tradução, repartidos em 75 mil euros para o escritor e 25 mil para o tradutor).
O processo de nomeações para o prémio é feito por mais de 400 bibliotecas a nível mundial, sendo o júri da edição deste ano composto pela editora e professora universitária Ellah Wakatama Allfrey, pela tradutora e crítica Katy Derbyshire, pela escritora Kapka Kassabova, pelo professor universitário Chris Morash, pelo também escritor Jaume Subirana e por um elemento sem poder de voto, que preside ao painel, desempenhado pelo antigo juiz e actual parceiro de uma sociedade de advogados em Washington Eugene R. Sullivan.
“Teoria Geral do Esquecimento”, de José Eduardo Agualusa, que já havia sido finalista do Man Booker International em 2016, recebeu nomeações de quatro bibliotecas: Biblioteca Demonstrativa Maria da Conceição Moreira Salles, em Brasília, no Brasil, a croata Gradska Knjiznica Rijeka, a Biblioteca Municipal de Oeiras e a Biblioteca Pública Municipal do Porto, em Portugal.
Quanto à edição norte-americana de “A Confissão da Leoa”, de Mia Couto, também antes entre os finalistas do Man Booker International em 2015, a nomeação foi feita também pela Biblioteca Demonstrativa de Brasília e pela Biblioteca Municipal de Oeiras.
A organização do prémio literário de Dublin recorda que Agualusa, nascido no Huambo, em Angola, no ano de 1960, “é uma das principais vozes literárias” daquele país e do mundo lusófono, tendo recebido múltiplos prémios literários ao longo da carreira.
Por seu lado, Mia Couto, nascido na Beira, em Moçambique, em 1955, foi distinguido, entre outros, com o prémio Camões, em 2013, e com o prémio Neustadt, em 2014.