ANGOLA. A VoA (Voz da América) escreve que “o coordenador da organização não governamental que se dedica à defesa dos direitos humanos FORDU denuncia um “novo monte Sumi”, em Kassongue, na província do Kwanza Sul.
Ângelo Kapuacha fala em massacre total de uma comunidade constituída de 18 famílias em que os únicos sobreviventes são seis senhoras que se encontram presas na cadeia do Sumbe.
No passado dia 14, o Folha 8 escreveu sob o título “Chacina em Cassongue”: Um comando unificado entre a Polícia Nacional e as Forças Armadas (FAA) é acusado de ter cometido, na madrugada do dia 14 de Agosto, um assassinato selectivo, no município do Cassongue, província do Kwanza Sul, matando todos os homens, num total de 25.
Os populares disseram na altura ao enviado do Folha 8, Filipe Dambi, ter sido uma acção propositada dos militares para eliminar todos os crentes de Kalupeteka, “que sejam naturais do Sul e isso pode vir, um dia a provocar uma grande guerra, pois não vamos aceitar continuar a ser mortos desta forma, como se fossemos bandidos”.
“Eles não fazem isso com as igrejas dos brancos, somente a dos pretos e que sejam sulanos. É mesmo tribalismo, pois no norte isso eles não fazem, porque se protegem. A Igreja Universal matou mais de 16 pessoas lá em Luanda, mas o tribunal absolveu-os e não lhes aconteceu nada, porque são brancos e estrangeiros. Isso não é racismo é a realidade, pois desde que isso aconteceu já assassinaram mais de 2000 dos nossos crentes, todos inocentes e ainda não estão cansados, como mostraram em Cassongue”, assegurou a nossa fonte.