O que seria de nós?

A consultora Fitch Solutions prevê que o Banco Nacional de Angola mantenha a taxa de juro de referência nos 15,5% até final do ano para controlar a inflação, que deverá ficar nos 21,9% este ano. Não é por falta de bons diagnósticos que o doente vai morrer e que já está em coma. O problema está nos “médicos” que ministram antibióticos ao José Maria quando o doente é a Maria José.

“N ós antevemos que o Banco Nacional de Angola mantenha a taxa de juro de referência nos 15,5% até final deste ano, num contexto em que tenta controlar as pressões inflacionistas num contexto de recessão da economia de Angola”, lê-se numa nota de análise sobre a economia angolana.

Na nota, enviada aos investidores, os analistas desta consultora detida pelos mesmos donos da agência de notação financeira Fitch Ratings escrevem que “a média da inflação deverá aumentar de 17,1%, em 2019, para 21,9% este ano, abrandando depois para 18% em 2021, reflectindo parcialmente a erosão dos efeitos da entrada em vigor do IVA, em Outubro do ano passado”.

Com a “ligeira recuperação” esperada para o próximo ano na produção interna de petróleo e nos preços do petróleo, a pressão sobre o kwanza vai diminuir, estimam os analistas, dando espaço para um corte de 50 pontos base na taxa de juro de referência durante o primeiro semestre de 2021.

Com o aumento da procura global de petróleo no próximo ano, as reservas em moeda externa vão aumentar e o ritmo da depreciação do kwanza vai desacelerar, abrandando a pressão sobre a inflação, concluem os analistas.

Esta semana, a ministra das Finanças de Angola afirmou que uma das razões para o elevado nível de dívida pública, que o Fundo Monetário Internacional prevê que ultrapasse os 120% do Produto Interno Bruto este ano, é precisamente a desvalorização do kwanza nos últimos meses.

Na conversa que manteve, no âmbito dos Encontros Anuais, com o director do departamento africano do FMI, que recentemente aprovou o desembolso de mil milhões de dólares [850 milhões de euros] ao abrigo da terceira revisão do programa de ajustamento financeiro, que foi aumentado para um total de 4,5 mil milhões de dólares [3,8 mil milhões de euros], Vera Daves relativizou a subida do rácio da dívida face ao PIB.

“O stress no Tesouro é significativo devido à depreciação do kwanza, foi isso que fez subir muito significativamente o rácio da dívida face ao PIB”, em 120,3% este ano e descendo até cerca de 70% nos próximos cinco anos, disse.

A palavra ao perito dos peritos (João Lourenço)

No discurso que leu na Assembleia Nacional, na passada quinta-feira, o Presidente da República “explicou”: «Só no primeiro semestre deste ano o país poupou 300 milhões de dólares na importação de bens alimentares, ao consumir apenas 980 milhões de dólares, contra 1,3 mil milhões de dólares gastos no primeiro semestre de 2019.

«A taxa acumulada de inflação baixou de 41,95% para 16,9% entre 2017 e 2019, tendo esta trajectória de redução da inflação sido interrompida por força da pandemia da COVID 19, que afectou o ciclo de produção e de circulação de bens e serviços do país.

«A quase paralisação da economia em razão da crise pandémica, que obrigou ao confinamento forçado dos trabalhadores e restantes cidadãos para a salvaguarda das suas vidas, adiou a retoma económica, prevista para este ano.

«De facto, todas as previsões anteriores à crise apontavam que em 2020 Angola iria crescer em torno de 1,8%. Em consequência da crise pandémica, espera-se agora que o país venha a evidenciar uma taxa negativa de crescimento na ordem de 3,6%.

«Prestaremos particular atenção à consolidação do Estado de Direito e à construção de uma economia de mercado dinâmica e eficiente, com finanças públicas controladas e sustentáveis associadas ao crescimento económico, ao aumento de empregos e rendimentos e ao bem-estar das populações.

«Um paradigma baseado na liberdade de iniciativa dos cidadãos, no talento e no mérito de cada um, na capacidade empreendedora e de inovação dos seus filhos, com o Estado a desempenhar o papel de órgão regulador e coordenador do processo de desenvolvimento, introduzindo mudanças estruturais na economia, prevenindo-se e protegendo-se das crises cíclicas derivadas das oscilações do preço do petróleo no mercado internacional.

«O melhor caminho a seguir é o da continuidade das reformas em curso, encarando as dificuldades que hoje vivemos como temporárias, mantendo o sentimento de esperança e de confiança no futuro.

No passado dia 16 de Setembro, o FMI procedeu à terceira avaliação do Programa de Financiamento Alargado que está a desenvolver com o nosso país desde Dezembro de 2018. Tal como nas duas avaliações anteriores, esta também foi positiva e aprovada por unanimidade, o que demonstra a confiança da comunidade financeira internacional no programa de reformas do Governo.»

O nosso perito dos peritos acrescentou também que «para o Orçamento Geral do Estado Revisto para este ano, está previsto um défice fiscal de 4% do PIB, devido a uma redução das receitas do país em cerca de 30% e da diminuição do preço de referência orçamental do barril do petróleo, que passou de 55 para 33 dólares americanos por barril.

«Em fins de 2019, o rácio da dívida pública de Angola sobre o PIB situou-se em cerca de 109%, devido fundamentalmente à forte depreciação cambial que a moeda nacional sofreu nesse ano. Para este ano, a previsão é que a mesma se venha a situar à volta dos 120% do PIB.

«Para se evitar que a dívida pública entrasse numa trajectória de insustentabilidade, foram tomadas algumas medidas, com destaque para a adesão à iniciativa da Suspensão do Serviço de Dívida dos países do G-20, a actualização da Estratégia de Endividamento de Médio Prazo do país e a reformulação de prioridades de certas despesas de capital, financiadas por linhas de crédito.

«A conta corrente da Balança de Pagamentos, que era antes deficitária, passou a ter superavits em 2018 e 2019 e mesmo com a queda abrupta do preço do petróleo no mercado internacional e do surgimento da pandemia da COVID 19, no primeiro trimestre de 2020 o saldo da conta corrente da Balança de Pagamentos foi superavitário, no equivalente a 6,8% do PIB.»

Em conclusão a pergunta necessária: O que seria de nós se não tivéssemos o MPLA no governo há 45 anos, se não tivéssemos João Lourenço como Presidente da República, Presidente do MPLA e Titular do Poder Executivo?

Folha 8 com Lusa

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2 Thoughts to “O que seria de nós?”

  1. Sr, “Observador”,

    Para comentar não precisa de inventar um nome. Pode manter sempre o mesmo. Bom seria, igualmente, que tentasse escrever (se possível) em português,

    Gratos,

    A Direcção do Folha 8

  2. observador

    O joao lourenco NAO E POLITICO ele e um MILITARISTA , tudo que faz e produto de burleiros acessores que lhe enfiam barretes e ele como AUTROMATA comeca a falar com a corada o ele nao sabe . o que ele deve fazer DEMITIR SE OU DISOLVER O PARLAMNETO E CRIAR COMISSAO PRA DIRIGIR O PAIS ATE NOVAS ELEICOES .
    Nao falta muito a CHIPALA DE FICARA CHEIO DE PROEMINENCIAS COMO UM BOXER QUE APANHOU KO NO RING .

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