Crise? Não. Vamos ter mais alguns navios de… guerra

O chefe do Estado Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA), General Geraldo Sachipengo Nunda, afirmou hoje, na cidade do Soyo, província do Zaire, que a Marinha de Guerra Angolana (MGA) precisa de infra-estruturas e meios adequados para o cumprimento cabal da sua missão.

Nem mais. Esta é a melhor altura para os militares reivindicarem tudo o que lhes vier à cabeça. O candidato do regime (João Lourenço) à Presidência do reino é o ministro da Defesa e certamente que ele, como José Eduardo dos Santos, quer que os chefes militares estejam calmos, sossegados, cheios de mordomias e prontos para o levar ao colo nas eleições de gosto.

O oficial general das FAA, que discursava no acto central comemorativo do 41º aniversário da criação deste ramo das Forças Armadas, que decorreu no Comando da Região Naval Norte, reforçou que a MGA precisa também de mais homens formados para continuar a garantir a defesa das águas territoriais, numa extensão de 200 milhas náuticas, e da zona económica exclusiva do país.

“A MGA precisa de infra-estruturas adequadas, não apenas para albergar os meios e homens, mas também para a manutenção dos meios, equipamentos e formação do efectivo”, enfatizou, referindo que este órgão necessita de navios, embarcações, sistemas de vigilância, comando e direcção capazes de manter o efectivo operacional no mar 24 horas por dia, sete dias por semana e 365 dias do ano.

Para o general (que a Angop não se cansa de especificar que é do Exército) Geraldo Sachipengo Nunda, a defesa do país deixa de ser efectiva sem a Marinha de Guerra capaz de defender os espaços marítimos e fluviais, de forma particular, e da zona económica exclusiva do país, em geral.

Segundo avançou, conta a Angop, Angola poderá estender para 350 milhas o seu espaço marítimo, nos próximos anos, uma realidade que constituirá um enorme desafio para MGA manter a inviolabilidade deste perímetro.

Entretanto, Sachipengo Nunda anunciou que, apesar das dificuldades impostas pela actual conjuntura económica e financeira do país, o Executivo vai adquirir, em breve, navios e implementar projectos de construção da base naval, estaleiros e academia navais, incluindo uma brigada de navios patrulha marítima, além do centro nacional de coordenação marítima.

Recordou que a República de Angola, como membro das Nações Unidas, da União Africana, SADC, da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos (CIRGL), CPLP e do Golfe da Guiné, trabalha e reafirma, o compromisso de participar na garantia da estabilidade das referidas regiões, que se reflecte no reforço da segurança do Golfo da Guiné e no Atlântico Sul.

“Em obediência ao nosso Comandante em Chefe, engenheiro José Eduardo dos Santos, a Marinha de Guerra Angolana deverá continuar a fortalecer a cultura marítima dos efectivos, vencendo todos os obstáculos e as dificuldades que vão encontrando durante as suas actividades”, disse Nunda que – como sempre – nunca se esquece de nomear e enaltecer o seu actual patrono, sua majestade o presidente da República, presidente do MPLA e Titular do Poder Executivo há 38 anos.

Testemunharam o acto, a vice-governadora do Zaire para o sector técnico e infra-estruturas, Ângela Diogo, o Comandante do Exército, Gouveia João de Sá Miranda, assim como o da Força Aérea Nacional, Francisco Afonso “Hanga”, entre outros oficiais da MGA.

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2 Thoughts to “Crise? Não. Vamos ter mais alguns navios de… guerra”

  1. ANA MARIA SEBASTIÃO

    A marinha constitui o garante da segurança das instalações petrolíferas, no mar e em terra, bem como da biodiversidade e também tem colaborado em acções de carácter humanitário, socorro em ocorrência de calamidades naturais…

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