Racismo na TAAG

Peter Hill, presidente da TAAG, tem dito que reduziu em 70 milhões de dólares as despesas da companhia. É uma, mais uma, mentira. O que ele fez foi tirar aos angolanos para dar aos estrangeiros.

Neste momento a direcção da TAAG está toda povoada de estrangeiros, que ganham em divisas, daí a acusação de que Peter Hill não gosta de pretos.

Esse sentimento crescente aliado à não promoção de muitos pilotos angolanos bem como o abandono de outros, está nesta base de uma contestação que tende a ter cada vez mais apoiantes.

O ambiente está tenso nas tripulações em terra e, perante o extremar de posições, qualquer dia um avião pode despenhar-se com as dramáticas consequência que se podem adivinhar.

O ministro dos Transportes, Augusto da Silva Tomás, é acusado de cumplicidade pois sabe das falcatruas e dos prejuízos reais, admitindo-se que a estratégia visa sacar e desviar avultadas verbas levando a que, perante a catástrofe, a companhia seja privatizada a preço de saldo.

Como é que Peter Hill pode dizer que reduziu as despesas da TAAG se seu carro custou 250 mil dólares e dos seus pares, todos estrangeiros, 150 mil dólares sem que ninguém saiba onde foram comprar viaturas tão caras?

As direcções da companhia são todas chefiadas por estrangeiros, ingleses ou portugueses, que estavam desempregados nos seus países. Mesmo assim, a TAAG foi buscá-los, quase parecendo uma agência de empregos.

Actualmente, os angolanos existentes só lá estão para colorir, para dar uma ténue imagem local, já que são figuras decorativas, sem qualquer tipo de poder real. Esse poder está nas mãos de um qualquer assessor estrangeiro que despacha com Peter Hill.

Não espanta pois que, numa recente entrevista, Peter Hill tenha dito que as empresas angolanas deveriam ser geridas por estrangeiros, uma autêntica ofensa aos complicados dirigentes angolanos mais interessados em roubar do que no país.

Peter Hill tem mandado muitos angolanos para a reforma devido, alega, à idade. No entanto, esse não é um factor impeditivo à contratação de estrangeiros com mais de 65 anos.

Em Setembro de 2015, o ministro dos Transportes traçou o objectivo de a TAAG ultrapassar os 3,3 milhões de passageiros transportados anualmente a partir de 2019, com o reforço das ligações internacionais, nomeadamente para a Europa, com a gestão da Emirates.

“Ao longo dos anos, a TAAG tem registado resultados negativos ao nível da sua exploração, de modo que prevê-se com este quadro a viragem de uma nova página”, disse o ministro, após a discussão deste plano para a companhia, que prevê chegar a uma frota de 21 aeronaves em 2019.

A formação de quadros angolanos no Dubai, na academia da Emirates, e a introdução de uma “gestão profissional de nível internacional” são objectivos deste contrato, que assenta na reestruturação financeira da TAAG, com a meta da facturação anual a passar de 700 milhões de dólares em 2014 para 2,3 mil milhões de dólares dentro de cinco anos.

“Pretende-se que a TAAG seja saneada do ponto de vista económico e financeiro, através da optimização dos seus postos [de trabalho] e de economias de escala”, defendeu há um ano o governante angolano.

A “redução de custos operacionais” está prevista na nova gestão da TAAG.

Diz a própria TAAG que “o futuro não se antecipa, prepara-se”, acrescentando que “para mantermos a nossa posição de liderança, para identificarmos e definirmos novos padrões que permitam atrair e reter clientes no nosso mercado, é importante que a monitorização do ambiente de negócio seja contínua e sistemática e que a informação proveniente dessa monitorização seja utilizada para estabelecer, implementar, rever e melhorar políticas, estratégias, objectivos, metas, indicadores e planos de curto, médio e longo prazo. Ao aprendermos com os nossos erros ou ao sabermos explicar as tendências dos resultados, estamos a criar condições para elevarmos os nossos padrões para os níveis mais exigentes”.

Por isso, afirma, “procuramos que em todos os momentos a Companhia projecte uma imagem afável, simpática e profissional e desenvolvemos todos os esforços no sentido de minimizar o impacto ambiental das nossas operações e proporcionar um ambiente saudável e seguro aos nossos clientes e colaboradores”.

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4 Thoughts to “Racismo na TAAG”

  1. mike

    Tigo inflamado, sem qualquer tipo de conteúdo jornalístico. Vocês querem mesmo ser só do contra, já que o jornal de angola são bajus, vocês querem falar mal de tudo só por falar? Como regular cliente da taah, sei ver que a taag melhorou muito após a entrada desta nova gestão. Se assim o é, vamos ver os resultados financeiros e depois vamos ver se o “racismo” resultou. Porque se vocês acham que cor devia garantir trabalho, são tão energumenos como quem “encomendou” essa notícia. Tenho-o dito.

  2. “Fernando”. Diz você que “o artigo citado aqui, goste-se ou não, tem autor que o assina.”, Refere-se a quê e a quem? Quanto às perguntas não justificam resposta.

  3. Fernando

    quem é o autor deste artigo?
    quem investigou e escreveu?
    não o assina?

    isto escrito assim nem parece jornalismo. ou é mesmo?

    o artigo citado aqui, goste-se ou não, tem autor que o assina.

  4. Xavier

    Acham que o racismos é mortal?
    Népias…!!!!
    O fim do racismo é um mito .

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