LÍNGUA (PORTUGUESA) MULTIÉTNICA

O poeta e ensaísta brasileiro Silviano Santiago reivindicou hoje uma língua portuguesa multiétnica e previu “choques sísmicos duradouros” na literatura, ao receber o Prémio Camões numa cerimónia no Rio de Janeiro. vencedor do mais importante prémio literário de língua portuguesa declarou: “Chegou a hora de liberar a literatura brasileira para as águas amazónicas, as águas atlânticas africanas e todas as correntes da diáspora”. O autor escolhido como vencedor do prémio em 2022 referiu-se em termos metafóricos à história violenta do Brasil e afirmou que “navios multiétnicos não atracavam em Porto…

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Vasco Graça Moura, a CPLP e o… português

Como o Folha 8 escreveu hoje, o Prémio Vasco Graça Moura – Cidadania Cultural distinguiu o gestor e jurista Emílio Rui Vilar, cujo percurso profissional “constituiu um expressivo exemplo de cidadania cultural”. Vasco Graça Moura nasceu no dia 3 de Janeiro de 1942 e morreu em 2014. Vasco Graça Moura considerava que a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) era uma espécie de organização fantasma, “que não serve para rigorosamente nada”, a não ser “ocupar gente desocupada”. “O Instituto Internacional da Língua Portuguesa não está em funcionamento porque nenhum…

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“I like bananas, because na pas de caroço”

Como povo poliglota, sobretudo porque graças a um sistema escolar implantado pelo MPLA ao longo de 45 anos, falamos todas as línguas até mesmo quase o português, consta que Angola tem 4,5 milhões de falantes de francês, sendo por isso o país lusófono mais francófono de África. E assim sendo, Angola pode recolher benefícios económicos da sua adesão à Francofonia, afirmou hoje a presidente do grupo dos embaixadores francófonos em Angola, marroquina Saadia El Alaoui. Falando no âmbito do cinquentenário da Organização Internacional da Francofonia (OIF), criada a 20 de…

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Chineses apostam na língua portuguesa

Uma das mais prestigiadas universidades da China vai passar a ter a língua portuguesa como disciplina opcional, já no próximo ano lectivo, ilustrando a crescente importância dos países lusófonos para o comércio e diplomacia chineses. Enquanto isso, os países lusófonos tudo fazem, sem o assumir, para chutar o português para fora de jogo. A partir de Setembro, a Universidade Qinghua vai oferecer o português como disciplina opcional aos alunos de todos os cursos de licenciatura, disse à agência Lusa fonte da instituição. Localizada no norte de Pequim, a Qinghua é…

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Angola e o AO90

Mesmo eu sendo um adepto inquestionável e convicto de um Acordo Ortográfico (AO) para a uniformização e porventura sobrevivência da CPLP (onde deveria estar a Galiza cujo idioma galego necessita desesperadamente da nossa ajuda para se livrarem definitivamente das amarras do colono de Castela), de alguma forma não nutro sequer um sentimento comparável ao Acordo Ortográfico de 1990 (AO90). Por Brandão de Pinho Se virmos bem, só o pau-mandado que é Portugal o fez cumprir malgrado as críticas ferozes dos intelectuais e puristas da língua lusitanos ou até de certas…

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“Mpalês” ou português?

Em Angola, como mandam as regras do MPLA já que é o único partido que governa o país desde 1975, o regime prefere professores cubanos que nos ensinam a falar da “sexta básica” e não da “cesta básica”, de “marimbondo na cumeia” e não na colmeia ou, como se lê no site da Universidade Agostinho Neto (secção História), de “Repúbica”, “Silvicltura”, “Ectroténica”, “edífico”, “Ogânicas”, “orgãos”, “Senando”. Segundo o encarregado de Negócios da Embaixada de Angola no Egipto, Francisco Leandro de Almeida, na sessão comemorativa do 14º aniversário da institucionalização do…

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Da “sexta” básica do Povo
à “ectroténica” da… UAN

A ministra da Educação timorense disse hoje que espera concluir ainda este mês a compra das viagens dos professores portugueses envolvidos no projecto das escolas de referência em Timor-Leste, que esperam há várias semanas poder viajar para Díli. Em Angola preferimos professores cubanos que nos ensinam a falar da “sexta básica” e não da “cesta básica”, de “marimbondo na cumeia” e não na colmeia… Mas se é isso que o regime do MPLA, há 43 anos no Poder, quer…assim seja. Aliás, basta ver o site da Universidade Agostinho Neto e…

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O Mendes, o David, contra o português, o Golias

Tenho verificado nos últimos meses que em Angola cada vez mais se pronuncia o “a” sobretudo na condição de artigo definido feminino, como “Á” e que não raras vezes é grafado como: “à”, “á” ou “há” e até “ah” no lamaçal das redes sociais, que parecendo que não, podem ser uma plataforma bem mais interessante do que o que possa parecer. No fundo algo como um tubo de ensaio e barómetro sócio-cultural. Por Brandão de Pinho Todavia se a oralidade é uma coisa, a escrita é algo de muito diferente…

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A importância de se chamar Lourenço…

Esta semana quero demonstrar aos meus irmãos angolanos o privilégio imenso que é serem falantes da mais bela língua alguma vez criada pela humanidade, que é a mais falada no Hemisfério Sul. Dentro de alguns anos a última flor do Lácio será um dos 3 idiomas mais falados na condição de primeira língua. Por Brandão de Pinho Em sua homenagem, vou inundar este texto com as mais belas figuras de estilo que as musas do Vouga se me – sensíveis que são – sussurrarem, sibilantemente, som sobre som, numa orgia…

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União de facto (ou de fato)
no Acordo Orto… gráfico

A Academia Angolana de Letras (AAL) pediu hoje ao Governo que não ratifique o Acordo Ortográfico (AO), perante os “vários constrangimentos identificados” no documento, que necessita de uma revisão. A decisão foi apresentada pelo reitor da Universidade Independente de Angola e membro da AAL, Filipe Zau, numa conferência de imprensa em que, pela primeira vez, a Academia, criada oficialmente em Setembro de 2016 e que conta com 43 membros, tomou uma posição pública sobre o Acordo Ortográfico, apresentado em 1990. “Recomendamos a todos os Estados [membros da Comunidade dos Países…

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