Os clones do esgoto

Agora que o poeta João Melo está quase rouco, por andar a berrar por todos os cantos que o MPLA é um partido do Socialismo Democrático e o re(i)gime angolano é uma democracia, eis que veio a terreiro um patrulheiro do Jornal de Angola anunciar, a todos os ventos, que a “reipublicana monarquia” zeduardina é capitalista.

Por Domingos Kambunji

Que grande desilusão para o João. Será que o João irá realizar uma contramanifestação para demonstrar a insatisfação contra essa alteração? Ou irá organizar uma antologia de poesia, para catraios, para enaltecer as comemorações nos passados e futuros 27 de Maios?

Um Guilhermino “qualquer coisa”, clone no pasquim oficial do José Ribeiro eutrofizado, é o grande “iluminado” que fez essa revelação, a contradizer a opinião do João sobre a ideologia da “reipublicana monarquia”. Não sabemos se Vladimir Putin já leu esta informação no pasquim. Se isso acontecer, Zédu terá de devolver a Medalha da “Honra” do Putin, com que foi homenageado, já há alguns verões, por ter manipulado as eleições.

O “inteléquetual” do pasquim oficial informa-nos que o capitalismo, na sua essência, visa o lucro e o mercado é regulado sem, ou com pouca, intervenção dos Estados. O nosso professor de Economia favorito, com a sua ironia muito sarcástica, diria que esta afirmação do Guilhermino “qualquer coisa” é de ir às lágrimas (de tanto rir). É um grande risco convidarem boçais para escreverem as “paLarvas” do director.

O Guilhermino “qualquer coisa”, clone do José Ribeiro eutrofizado está muito mal informado sobre as diferentes teorias da Economia. Talvez ande muito hipnotizado, apaixonado pela poesia do João Melo, o arauto da “reipublicana monarquia”, defensor do Socialismo Democrático Escatológico.

O “qualquer coisa’ do pasquim defende que Angola tem necessidade de criar mais capitalistas, sem necessidade de questionar a forma como se vão criar esses capitalistas, porque eles é que poderão garantir um futuro de prosperidade para a país, com a criação de indústrias e de empregos para os monangambés. Este paradigma é um enorme sofisma.

A História de Angola, a que não for escrita por um mestre em “istória” do Instituto Lenine, dirá que o actual re(i)gime angolano não é nem Socialismo, nem Capitalismo, nem uma Democracia. É uma vergonhosa e descarada cleptocracia. As concentrações de capitais engordam as contas bancárias de alguns, muito poucos, angolanos apenas em paraísos fiscais e servem também para a exibição da ostentação. Quanto à criação de indústrias e de postos de trabalho para monangambés, a Economia, para a grande maioria dos angolanos, até está bastante avançada para um país que ainda está na Idade da Pedra Lascada.

Acerca das “paLarvas” do director, semanais, no pasquim oficial, são escritas por eunucos mentais. Não é de esperar muito mais de boçais.

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