Ele, o Azar

Vamos ser totalmente honestos. É triste observar como o Jornal de Angola recorre a trabalho infantil para fazer análises políticas. Só comportamentos de pré-adolescentes explicam o fluxo mental do pseudo-jornalista, politólogo boçal, Eleazar.

Por Veríssimo Kambiote

O moço de recados Eleazar Van-Dúnen está muito contente porque o Rafael Marques, o Orlando Castro, os Revus etc. estavam enganados acerca da sucessão no trono do Reino de Angola. Será que estão? Nós achamos que não.

Começamos por lembrar que Angola, um país com uma economia atrasada, altamente endividado no fiado, apresenta um crescimento muitíssimo aquém dos países com economias maduras (onde geralmente é mais lento). O moço de recados consegue perceber isso? Isto significa que o governo do presidente, do qual João Lourenço é cúmplice e será monarca herdeiro, é altamente incompetente. Neste caso concreto a regra não se altera: a escatologia continuará a ser a mesma das últimas quatro décadas e nem sequer as moscas mudam.

É cómico e triste, ao mesmo tempo, observar o moço de recados a criticar o Rafael Marques, na carta que dirigiu a José Eduardo dos Santos a assinalar o final da sua Presidência de incompetência. Ficamos na dúvida se, por azar ou falta de inteligência, o Eleazar percebeu ou não quis perceber o conteúdo dessa missiva. A verdade é que o Eleazar Van-Dúnen ganharia mais se ficasse calado. O conteúdo dessa comunicação faz um retrato muito humilhante, verdadeiro, sobre o que foi a falta de liderança e de ética e da corrupção do pai da “Isabegalinha”.

O Eleazar Van-Dúnen não conseguiu perceber que o Orlando Castro retratou, de uma maneira muito inteligente, José Eduardo dos Santos como mentiroso. Quem tiver dúvidas poderá observar as contradições, ambiguidades e falsidades nos discursos lidos durante o seu reinado. Como poderemos definir alguém que foi defensor fanático do comunismo soviético e, mais tarde, mudou a estratégia e a táctica para se manter no poder parasitando e defendendo o capitalismo selvagem? José Eduardo dos Santos há muitas décadas é inimigo da honestidade e da competência na gestão das finanças públicas.

A enormíssima diferença que existe entre o Luaty Beirão e o Eleazar Van-Dúnen é a seguinte: O Luaty é inteligente e o Eleazar é um moço de recados infelizmente muito subserviente.

O Eleazar Van-Dúnen diz que os partidos da oposição angolana estão desesperados. Está completamente enganado. Os que estão desesperados são os 20 milhões de angolanos que vivem na pobreza. Os Eleazares do MPLA, as Tchizés e Isabegalinhas e os Kangambas do Reigime ficam muito chateados quando a SIC, o Nicholas Kristof do New York Times, o Rafael Marques, o Luaty Beirão e os Revus, o William Tonet, o Orlando Castro e muitas instituições defensoras dos direitos humanos e da justiça social desmascaram essa triste realidade. É uma tristeza tentarem ignorar tanta pobreza.

Nos países republicanos mais modernos e civilizados os candidatos à presidência apresentam-se em eleições primárias e os eleitores escolhem o que pensam ser o melhor candidato para o processo eleitoral final. Em Angola não acontece assim. Em Angola, José Eduardo dos Santos escolheu o seu herdeiro, já decidiu os resultados eleitorais e deixa a cargo da TPA, da RNA e do JA a função de convencer as mentalidades de que as eleições são, imparciais, justas e honestas.

O Eleazar Van-Dúnen demonstra uma enorme alegria porque com o João Lourenço está assegurada a continuação da rebaldaria.

O Eleazar tentou enganar e disfarçar. Não conseguiu. Teve azar!

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