GOVERNO DECLARA GUERRA À RENAMO

MOÇAMBIQUE. O primeiro-ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário, encorajou hoje as Forças de Defesa e Segurança a defenderem as populações dos ataques atribuídos ao braço armado da Renamo.

“Encorajamos as Forças de Defesa e Segurança a defenderem de forma implacável o povo dos ataques condenáveis da Renamo”, disse Carlos Agostinho do Rosário, falando durante a cerimónia de abertura da reunião de estabelecimentos de ensino e formação militar, que decorre desde hoje na cidade da Matola, arredores de Maputo.

A região centro de Moçambique tem sido palco de relatos de confrontos entre a Renamo e as Forças de Defesa e Segurança e denúncias mútuas de raptos e assassínios de dirigentes políticos das duas partes.

As autoridades moçambicanas acusam a Renamo de uma série de emboscadas nas estradas e ataques nas últimas semanas, em localidades do centro e norte, atingindo postos policiais e também assaltos a instalações civis, como centros de saúde.

O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, já reconheceu a autoria de vários ataques, justificando com a estratégia de dispersar as Forças de Defesa e Segurança da serra Gorongosa, onde supostamente permanece.

O maior partido de oposição não aceita os resultados das eleições de 2014, que deram vitória à Frelimo (partido no poder desde a independência), e exige governar as seis províncias onde reivindica vitória no escrutínio.

As negociações de paz entre as delegações do Governo moçambicano e da Renamo em Maputo, que decorrem na presença de mediadores internacionais, foram suspensas até 12 de Setembro.

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