Carta para um bajulador

Após Gildo Matias José ter dito que a morte do adolescente Rufino António, ocorrida a 6 de Agosto no Zango 3, “foi um acidente”, o site Central Angola 7311 publicou uma carta onde repudia as declarações daquele “pseudo-analista” feitas à televisão Zimbo na semana passada.

Por Sedrick de Carvalho

Na carta aberta, os membros do site afirmam que Gildo Matias “deve estar muito equivocado”, mas garantem saber as reais motivações do mesmo: “queres atingir grandes patamares e promoções tal como os que te antecederam naquela cadeira [da mesa de debates] onde sentas hoje”.

Para ir “com calma” é o que lhe pedem na carta, pois “se o Rufino te ouvisse, não gostaria nada dessas tuas palavras tal como não gostamos”. Várias perguntas foram feitas na carta endereçada a “marionete mal ensaiada”, como é chamado Gildo Matias, como: “quando o general Wala mandou aquele ´exército´ todo armado até aos dentes foi por acidente?”, e ainda “por acaso as armas foram feitas por acidente?”. Mas nenhuma até agora teve resposta da parte do destinatário.

Entretanto, os jovens vão mais longe ao dizer que Gildo “nem sequer imagina a dor daqueles pais” e que “por isso andas de barriga cheia”.

“Pessoas como tu, com declarações iguais às tuas, é que estão a matar Angola. Estão a nos acabar aos poucos. Aliás, desafiamos-te a procurar os pais do menino e a dizer-lhe com a tua boca que foi um acidente”, recomendam ao comentarista.

É necessário, nos termos da carta, “parar de ajudar a matar pessoas com a tua boca”, e sugerem ao jovem: “concentra-te e vais ganhar respeito”, porque “és uma vergonha nacional”.

Mfuca Muzemba, jovem deputado à Assembleia Nacional pela bancada parlamentar da UNITA, também em reacção ao comentário do visado, disse: “alguém tem de dizer ao Gildo Matias que a lista para membros do Comité Central do MPLA já está fechada. Ouvir Gildo está a enjoar”.

No final da missiva, se exige a responsabilização criminal pelo assassinato de Rufino António, 14 anos de idade, assim como se pede punição aos assassinos de Cassule e Kamulingue, Hilbert Ganga e Mfulupinga.

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