ANGOLA PEDE EXPLICAÇÕES AO BRASIL

INVESTIMENTOS. O Governo de Angola esclareceu hoje, sexta-feira, que não têm fundamento as notícias postas a circular em vários órgãos de imprensa, segundo as quais não teriam sido unilateralmente suspensas as linhas de crédito brasileiras para o financiamento de projectos estruturantes.

O comunicado refere que “esta suspensão ocorreu, de facto, há mais de um ano e teve reflexos na actividade das empresas brasileiras que operam em Angola e se encontram vinculadas por importantes contratos de empreitada ao Governo angolano, que tiveram de interromper os seus trabalhos e de despedir pessoal angolano”.

Por essa razão, o Governo angolano, acrescenta a nota, teve de mobilizar outros recursos e encontrar soluções financeiras alternativas para não interromper os trabalhos em curso, nomeadamente a construção da barragem de Laúca, o alteamento da barragem de Cambambe e outros.

Sublinha ainda que a cooperação entre Angola e o Brasil fundamenta-se no Acordo Geral de Cooperação Técnica e Científica, rubricado em 11 de Junho de 1980, base de todos os Protocolos de Entendimento bilaterais e os Acordos Inter-Governamentais sobre as Linhas de Crédito, com garantias reais no petróleo bruto, que suportam os contratos de empreitada.

No mesmo comunicado, o Governo reforça que “solicitou no passado mês de Junho esclarecimentos às autoridades brasileiras sobre as razões da suspensão dessas linhas de crédito e pretende enviar em tempo oportuno uma delegação governamental para com elas debater esta questão, a fim de se chegar a um entendimento que convenha a ambas as partes”.

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