Álvaro Sobrinho? Pois claro!

Segundo avança o jornal português Expresso, o empresário Álvaro Sobrinho, e ex-presidente executivo do BES Angola, surge nos Panama Papers enquanto beneficiário de quatro sociedades offshore. O actual director jurídico e de recursos humanos dos jornais portugueses “i” e “Sol” foi director de um dos offshore de Álvaro Sobrinho.

Através de uma destas offshore, a White Ceder Ltd, sediada nas Ilhas Virgens Britânicas, Álvaro Sobrinho adquiriu, em 2012, um barco, em cujo registo consta o nome e assinatura de Gonçalo Guérin, assinalado como director do offshore.

O advogado, e actual director jurídico e de recursos humanos dos jornais “i” e “Sol”, afirmou, em declarações ao Expresso e à TVI, lembrar-se de ter sido procurador de um cliente na compra de um barco quando trabalhava no escritório de advogados Ana Bruno & Associados.

Já o empresário luso angolano confirmou que Guérin era o director da White Ceder Ltd no início da sua constituição. A direcção da empresa passou, entretanto, em 2012, para a esposa de Álvaro Sobrinho, Ana Seixas Afonso Dias Madaleno.

A White Ceder Ltd é, conforme noticia o Expresso, um dos 32 offshores que, junto da Mossack Fonseca, tinham como intermediário a Signet Wealth Management SA, uma sociedade gestora de patrimónios, regulada pelas autoridades suíças, da qual Álvaro Sobrinho informou, em 2012, ser accionista maioritário.

Uma troca de emails datada de Junho de 2015 entre os gestores da Signet Wealth Management SA e a Mossack Fonseca, a sociedade gestora de patrimónios assinala que os fundos da White Ceder Ltd vêm de “lucros obtidos com negócios e poupanças pessoais” e que os activos detidos através deste offshore estavam estimados em mais de um milhão de dólares.

Álvaro Sobrinho assegurou ao Expresso e à TVI que toda a informação sobre a White Ceder Ltd é do conhecimento das autoridades europeias, “incluindo das autoridades portuguesas”. “São entidades legítimas, constituídas de forma lícita e absolutamente legal, com observância pelas regras de compliance aplicáveis”.

Nos Panama Papers, o empresário surge ainda como beneficiário dos offshore Ulys Enterprises Ltd, Antão Holdings Ltd e Sherio Management Limited, declarados como detendo “poupanças pessoais”.

Fonte: Esquerda.net

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