UE e UNITA analisaram
a situação em Angola

O Presidente da UNITA, Isaías Samakuva recebeu o representante da União Europeia para a região da África Austral, Angel Carrilo, com quem abordou várias questões relativas à situação do país e da região.

A ngel Carrilo “procurou saber o nosso ponto de vista sobre vários aspectos da vida nacional. Falamos do processo político angolano, passando pelas fases que dizem respeito ao processo da democratização da sociedade angolana e neste aspecto nós falamos da realização de eleições, das próximas eleições gerais, como também da possibilidade da realização das eleições autárquicas”, informou o líder da UNITA, sem deixar de mencionar que a conversa também rondou à volta de questões económicas em que o baixo preço do barril de petróleo está a gerar muitos constrangimentos com implicações na situação social.

A questão dos direitos humanos também foi abordada numa perspectiva mais abrangente.

“A violação dos direito humanos não é apenas quando o polícia bate no cidadão, ou alguém que foi para a cadeia sem culpa formada. Nós quando falamos dos direitos humanos temos que olhar também para os direitos económicos dos cidadãos”, atestou o Presidente da UNITA.

Para o Presidente Samakuva, vários sectores da sociedade em condições de ajudar a encontrar soluções para os problemas do país, não são tidos em conta, tendo apelado ao reforço do diálogo intersectorial.

“Levantamos esta necessidade do diálogo, porque pensamos que o país precisa de dialogar. Há vários sectores da sociedade angolana, cidadãos, organizações que podem ajudar a resolver problemas que o país vive mas que nem sempre têm a sua opinião escutada”, afirmou Isaías Samakuva, que encorajou a União Europeia a continuar com os seus programas de cooperação no sentido de ajudar no esforço da diversificação da economia angolana.

“Nós ouvimos com agrado da parte da delegação da União Europeia a promessa e o sentimento de um compromisso firme de continuar apoiar Angola naquilo que é necessário para criar o bem-estar das nossas populações”, disse Samakuva.

Por seu turno o Chefe da Divisão da África Austral da União Europeia disse que está em Angola a convite da Fundação Eduardo dos Santos, para participar no Seminário sobre a integração regional, contar a experiência Europeia e falar sobre a cooperação com Angola. Durante os dias que se vai manter-se em Angola, vai ter reuniões com os representantes do Governo, com partidos políticos, com a sociedade civil e com representantes do sector da economia. Vai ainda manter contactos com Embaixadores dos estados membros da União Europeia, para falar sobre a cooperação, relações políticas e sobre as situações em geral.

“A União Europeia tem um vasto programa de cooperação com Angola e entramos numa nova fase de cooperação, falaremos sobre os projectos que temos. A UE e os países membros são os parceiros comerciais importantes. A UE tem investimentos importantes aqui em Angola, em África em geral. Em África somos o mais importante investidor então todas estas são questões a abordar em várias reuniões”, afirmou Angel Carrilo.

O enviado da EU, que disse ter abordado com a direcção da UNITA a situação geral e colher o ponto de vista do partido sobre a situação política, económica e social de Angola, assegurou o compromisso da União Europeia de continuar a prestar apoio à Angola, às organizações da sociedade na luta contra a pobreza.

“Este é o objectivo central a luta contra a pobreza, mas também temos outros projectos aqui em que a União Europeia está disposta a apoiar a diversificação da economia angolana. Todos concordamos e estamos dispostos a cooperar. Temos um projecto com o Ministério do Comércio e podemos intensificar a cooperação. As empresas Europeias estão aqui não só para encaminhar dinheiro mas também para dar empregos, diversificar a economia e para o transferir o “know how”, concluiu Angel Carrilo.

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One Thought to “UE e UNITA analisaram
a situação em Angola”

  1. Ernesto Guilherme

    A UNITA é um Partido da Oposição com maior responsabilidade do país, e o presidente Samakuva deve assumir o papel e a responsabilidade e o heroísmo deixado pelo Dr. Jonas Malheiro Savimbi. O Dr. Savimbi nunca foi mercenário, morreu em discussão pelos direitos dos Angolanos. Entre tanto Angola precisa lideres que faz frentes com actual momentos que o país vives e nós estamos atentos com todas discussão que tendes empreender para o bem estar Angolanos. porque o que se vive em Angola hoje é uma autêntica escravatura pior que do passado.

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