Os czares africanos

Os czares africanos - Folha 8

Alguém, cego, fiel, fanático, mercenário e servente do Re(i)gime, afirmou que as crianças em Angola estão sempre em alta. As notícias que surgiram recentemente não confirmam essa bacorada, quando se constata de que, pelo menos, 10% das nossas crianças ficaram fora do sistema escolar, no corrente ano lectivo, inaugurado com discursos e foguetes, com petardos de grande alarido na propaganda.

Por Domingos Kambunji

O grande problema dessas crianças é que elas são negligenciadas devido às instituições financeiras parasitárias e aos branqueadores de actos de nepotismo, cabritismo, incompetência e do narcisismo podre e megalómano, dos sanzaleiros gestores de recursos económicos e humanos e das mentalidades.

Muitas das crianças de Angola são previsíveis desde que são geradas com fome, nascem com fome e falecem antes dos cinco anos de idade. O país dos diamantes e do petróleo, entre muitos outros recursos, deveria sentir nojo dos capatazes da miséria, que semeiam ódio e divisão para poderem prosperar saprofitizando nos ideais da cleptocracia.

As crianças, filhos e netos do Rei-Presidente, nascem a valerem milhões e rapidamente passam a valer biliões, por processos financeiros de todos nós muito bem conhecidos. Grande parte das crianças angolanas nascem a valerem nada e, se não entrarem nas percentagens da mortalidade infantil, sobrevivem a valerem coisa nenhuma, até atingirem a idade adulta para, nessa fase do processo evolutivo, continuarem a ter o valor com que nasceram, afim de que os cegos, fiéis, fanáticos, mercenários e serventes do Re()igime possam auferir salários hiper-mega-inflacionados.

Os cegos, fiéis, fanáticos, mercenários e serventes do Re(i)gime continuam a usar os argumentos da guerra civil que ocorreu em Angola, iniciada pelo MPLA, para desculparem as enormes carências que existem no país. A desonestidade intelectual desses energúmenos é muito aplaudida e bem remunerada pelos Senhores da Guerra que, em tempos de paz, não conseguem disfarçar os seus valores sanguinários na repressão contra todos os que se manifestem na defesa da honestidade, da competência e da dignidade em que merecem viver todos os cidadãos do país. Infelizmente muitas crianças e adultos do nosso país continuam a viver “nos campos de Auschwitz” dos Senhores da Guerra angolanos.

Os cegos, fiéis, fanáticos, mercenários, serventes e sanguinários do Re(i)gime lamentam o facto de Angola não ter beneficiado de um “Plano Marshal”, como aconteceu, no pós guerra, nos países europeus. O grande contratempo para a grande maioria do povo de Angola é que o país, depois do fim da guerra civil, teve e tem um “Plano Marchal”, em que se observa o dinheiro proveniente da venda dos recurso naturais a Marchar directamente para o bolso do Presidente, Generais e outros comensais, das cúpulas das várias estruturas e hierarquias feudais.

Os cegos, fiéis, mercenários, sanguinários e serventes do Re(i)gime são fanáticos defensores da “reconstrução” das pessoas, através da tal “Educação Patriótica”, para que todos sejamos eunucos intelectuais, sem capacidade de pensarmos com cabeça própria, para vivermos numa situação de bajulação e veneração dos Senhores da Guerra, os Patrões da Corrupção.

Os cegos, fieis, fanáticos, mercenários, sanguinários e serventes do Re(i)gime, como é o caso daquele que nunca conseguirá ser frango, passam o tempo a invocar os tais ideais e valores africanos para as Missões e redacção de Constituições dos sistemas políticos dos países do continente ao sul da Europa. Muitos deles são frequentemente desmascarados por possuírem contas bancárias muito gordas na Suíça, Brasil, Inglaterra, etc..

Os cegos, fiéis, fanáticos, mercenários, sanguinários e serventes do Re(i)gime não se cansam de gabar a Visão Africana do actual Presidente da OUA e do Zimbabué. De facto, comparando essa Visão com a da manta de retalhos da que observamos em Angola, só poderemos concordar que ambas fazem parte do mesmo universo escatológico.

Nós acreditamos que as Visões e as Missões devem ser analisadas e avaliadas pela capacidade de competência para promover o bem-estar das sociedades, sem descriminar regiões, religiões, géneros, cores de pele, etc.. As dos Czares africanos estão completamente viciadas, ultrapassadas e prostituídas.

A Visão da China, no combate à corrupção, tem condenado à morte vários gestores e políticos que decidiram enveredar por processos fraudulentos. Se essa Visão/Missão fosse implementada em Angola, os militantes do MPLA ficariam órfãos de grande parte dos seus dirigentes e dos directores e gestores dos órgãos de informação e propaganda do Re(i)gime.

Artigos Relacionados

Leave a Comment