“Mulheres de Cinza” de Mia Couto

O novo romance de Mia Couto, “Mulheres de Cinza”, primeiro livro de uma trilogia dedicada aos últimos dias do Estado de Gaza, em Moçambique, dirigido por um africano conhecido por Gungunhana, vai ser lançado a 17 de Outubro em Portugal.

F onte da Editorial Caminho indicou hoje que o livro – primeiro da trilogia intitulada “As Areias do Imperador” – vai ser colocado no mercado a 17 de Outubro e prevê publicar em 2016 e 2017 os dois outros romances que a completam.

O chamado Estado de Gaza, o segundo maior império em África dirigido por um africano. Ngungunyane – Gungunhane ou Gungunhana, como ficou conhecido pelos portugueses – foi o último dos imperadores que governou toda a metade sul do território de Moçambique.

Derrotado em 1895 pelas forças portuguesas comandadas por Mouzinho de Albuquerque, o imperador Ngungunyane foi deportado para os Açores, onde veio a morrer em 1906, em Angra do Heroísmo, e os seus restos mortais trasladados para Moçambique em 1985, com cerimónias solenes.

Na altura, tanto a imprensa portuguesa como a moçambicana levantou dúvidas sobre a real trasladação das ossadas do imperador que tinham voltado, dentro da urna, em torrões de areia.

O escritor Mia Couto, nascido em 1955, na Beira, Moçambique, no seio de uma família de emigrantes portugueses, começou por estudar Medicina na Universidade de Lourenço Marques, actual Maputo.

Na juventude integrou o movimento pela independência de Moçambique e, na sequência do 25 de Abril de 1974, interrompeu os estudos para dedicar-se ao jornalismo, trabalhando em publicações como A Tribuna e Notícias, tendo sido director da Agência de Informação de Moçambique (AIM).

Nos anos 1980 regressou à universidade para se formar em Biologia e em 1983 publicou o primeiro livro de poesia, “Raiz de Orvalho”.

Publicou, entre outras obras, “A Varanda do Frangipani” (1996), “Uma Casa Chamada Terra” (2002), adaptado ao cinema, “O Outro Pé da Sereia” (2006), “Jesusalém” (2009) e “A Confissão da Leoa” (2012). Foi galardoado com o Prémio Camões em 2013.

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One Thought to ““Mulheres de Cinza” de Mia Couto”

  1. […] tinha lido uns poemas do Mia Couto antes de ler um artigo sobre ele no jornal Angolano, Folha 8. O artigo é dedicado ao novo romance de Couto, mas a maior parte do artigo fala sobre sua vida em […]

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