Lixo – Um dos Nobel do regime

O regime angolano está com os tambores da falsidade aquecidos para, numa poluição sonora, de muito má qualidade, e que intriga a maioria dos angolanos, tentar branquear os 40 anos de uma política de má gestão económica e social, discriminação política, perseguição aos opositores e sociedade civil, não bajuladora e, mais grave, a lixeira de uma política irracional, que já não consegue sair dos monturos por si implantados, como se pode verificar.

P or mais que Dos Santos tente sacudir o lixo, para o quintal do vizinho, exonerando governadores da província de Luanda, ao longo destes 40 anos de independência, caricatamente, todos, absolutamente, todos os governantes por si nomeados, são mais da sua esfera pessoal, do que do próprio MPLA, que fica em cima dos contentores, a analisar a lixeira do lixeiro que se segue.

Não é possível tentar enquadrar o tamanho do lixo que inunda Luanda, fora de uma prática incompetente do executivo, superiormente liderado, por José Eduardo dos Santos, à 36 anos no poder, sem nunca ter sido nominalmente eleito e, sem noção de gestão urbana, que comete ao longo destes anos, erros crassos de gestão, afastando muitos técnicos, oriundos do período colonial, com forte conhecimento da gestão urbana da cidade e das formas para um saneamento eficaz e despartidarizado.

O maior mérito da política do MPLA tem sido a promoção de “jobs for boy”, muitos dos quais verdadeiramente incompetentes, mas por serem bajuladores do “camarada presidente”, são nomeados, não para acabar com o lixo, mas para a sua verdadeira pro moção. Provas para quê?

Uma máxima que o MPLA tem perseguido ao longo dos anos é de o MPLA é o Povo e o Povo o MPLA, mas face à incapacidade de não acertar numa política de limpeza e recolha do lixo das cidades, foi, por conveniência de serviço, obrigado o Executivo a nomear, de madrugada (tal como o fez com a aprovação da Constituição de 2010, a maioria estava com atenção no CAN; ou a entrada em vigor da nova Lei Geral de Trabalho, no dia 13 de Setembro, um domingo), um novo membro, o MINISTRO DA PROMOÇÃO DO LIXO.

Isto para incentivar a sua produção em larga escala, para justificar a subida dos níveis de produção de 1973, ano de ouro da governação colonial portuguesa e que foi sempre um marco para ser superado pelo MPLA e desta forma legitimar a nova máxima: O MPLA É O LIXO E O LIXO É O MPLA.

O aumento do lixo, a incapacidade de pagarem às empresas dos próprios membros do MPLA, pois são os únicos autorizados, nesta empreitada demonstra que a discriminação só gera lixo, lixo que afinal, o MPLA sente como um verdadeiro elemento imprescindível de gestão.

O líder do MPLA e da República, que dirige ininterruptamente, o país há 36 anos, sem nunca ter sido nominalmente eleito, é considerado como o maior “arquitecto do lixo”, face às políticas de promoção da incompetência e interferência numa verdadeira gestão urbana.

O Presidente da República é avesso a um verdadeiro programa de gestão autónoma das cidades, principalmente, no que se refere à capital, sendo confrangedora a falta de visão sobre o que pretende que seja a Luanda capital; a Luanda Metropolitana ou a Luanda Província…

E numa altura em que o lixo é o que mais ordena, nada espanta que tudo seja uma verdadeira lixeira, ao ponto da política e da justiça serem hoje o seu expoente máximo.

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