Não sejam maus. Dêem uma ajuda aos pobrezinhos!

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e o Governo angolano assinaram um acordo de financiamento de 110 milhões de euros para um projecto de abastecimento de água e saneamento básico que servirá directamente 922 mil habitantes de sete províncias.

O acordo acontece poucos dias depois de o jornal “The New York Times” ter revelado que 150 mil crianças que morrem todos os anos em Angola, sendo referido que o nosso país é, a nível mundial, aquele onde morrem mais crianças com menos de cinco anos. Isto para além de ser um dos mais corruptos.

Segundo informação disponibilizada pelo BAD, o acordo foi celebrado entre aquela instituição e o Ministério das Finanças, em Luanda, e o empréstimo pretende servir para “melhorar a governação do sector da água”, a nível urbano, e “fortalecer a capacidade e eficiência” das instituições do sector de água e saneamento a nível central e provincial.

A implementar em 60 meses, nas províncias de Cabinda, Cunene, Lunda Norte, Lunda Sul, Namibe, Bengo e Kuanza Sul, o projecto, globalmente, está avaliado em 154,7 milhões de dólares (138 milhões de euros).

Ainda segundo o “The New York Times”, em Angola, uma em cada 35 mulheres (dados das Nações Unidas) corre o risco de morrer durante o trabalho de parto e apenas 40% a 50% da população tem acesso aos cuidados de saúde. Além disso as crianças morrem porque não há medicação, explicou Alfred Nambua, chefe de uma aldeia perto da cidade de Malanje.

Foi Nambua quem disse a Nicholas Kristof, o jornalista do “The New York Times”, que vivia melhor antes de Angola ser independente (o processo da descolonização portuguesa aconteceu em 1974 e a guerra civil devastou o país entre 1975 – ano da independência – e 2002) do que agora.

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