Músico sim. Um símbolo também

Carlos Lamartine - Músico sim. Um símbolo também

O músico Carlos Lamartine afirmou que a homenagem de hoje, domingo, em Luanda, é fruto do reconhecimento da sociedade pelo seu contributo na divulgação e valorização da música angolana.

Em declarações à margem da homenagem prestada pelo Centro Cultural e Recreativo  Kilamba, no âmbito do programa Muzonguê da Tradição, o músico frisou que o gesto constitui uma forma de promover e valorizar a música e os artistas nacionais.

“Estou satisfeito pelo reconhecimento prestado, não  só pela organização do acto, mas também  pelas  pessoas que  vieram  aqui para me homenagear, o que representa um  tributo pela minha longa carreira artística”, sublinhou.

Carlos Lamartine considerou positivo o estado actual da música nacional, embora ela precisar de mais promoção e divulgação, quer dentro como fora do país, partindo da originalidade dos ritmos nacionais.

Carlos Lamartine pediu a todos fazedores de cultura, em particular os músicos, no sentido de se engajarem,  cada vez mais na promoção e  valorização da música angolana.

O homenageado  cantou várias músicas do seu vasto repertório, com destaque  para Nvunda ku musseque, Pala ku nu abessa ó muxima” (venho cantar para vos agradar), dentre outras.

OS músicos Massanos Júnior, Robertinho  e Proletário complementaram  a animação  na homenagem ao Carlos Lamartine, que recebeu da organização um diploma de mérito.

José Carlos Lamartine Salvador dos Santos Costa, nasceu em Benguela, no dia 29 de Março de 1943. Com 71 anos de idade, Lamartine foi um dos fundadores dos grupos Os Kissuekeia e Macacos do Ritmo, tornando-se posteriormente vocalista dos Águias Reais.

Carlos Lamartine representa uma geração que elegeu como princípios básicos de criação artística o tratamento e valorização do cancioneiro popular, a exaltação da história política de Angola, a liberdade, a emotiva celebração da independência e a defesa dos valores culturais da africanidade.

Carlos Lamartine gravou o seu primeiro single em 1970, com a etiqueta “Ngola”, um disco que inclui as canções: “Bazooka” e “Jesus dialá uá kidi”. Em 1974, surge o LP “Angola no I”, um monumento discográfico da canção política, com a etiqueta da CDA, gravado com o conjunto “Merengues”. O último disco dá pelo título “Caminhos Longos”, editado e publicado em 2007.

O Muzongué da Tradição é um programa que se realiza no primeiro domingo de cada mês sob responsabilidade do Kilamba.

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