Mensagem ao Povo de Cabinda

Mensagem ao Povo de Cabinda - Folha 8

“Várias gerações passaram desde o início da nossa luta pela independência de Cabinda, muito sangue e lágrimas foram derramadas mas a nossa vontade permaneceu firme.

Por Nzita Jean Claude
Secretario de Informação e Imprensa e porta-voz da FLEC/FAC

D a nossa Terra Mãe, Cabinda, temos o mesmo sentimento mas não somos obrigados a partilhar a mesma visão, porque a liberdade de pensamento é um dos valores que todos defendemos.

Ao longo da nossa luta muitas divisões sofremos, que nos enfraqueceram mas não abalaram o nosso objectivo comum, o direito à autodeterminação do povo de Cabinda.

O mundo está em mutação. A Comunidade Internacional exige estabilidade e ordem. As nossas divisões descredibilizam a nossa luta e fortalecem os nossos inimigos. Devido às nossas divisões o mundo ignora-nos e poucos estão dispostos a apoiar a nossa causa. O conflito em Cabinda está cada vez mais ausente das agendas internacionais. O nosso inimigo agora também é o silêncio.

Se queremos que o povo de Cabinda esteja unido pela mesma luta, nós temos de dar o exemplo e o primeiro passo para a unidade. A unidade será uma poderosa vitória contra os inimigos do povo de Cabinda.

Apelamos a todos os compatriotas cabindeses e amigos de Cabinda para contribuírem na construção da unidade da resistência. Temos de valorizar todas as vozes e opiniões, temos de agrupar todas as gerações e unir todos os pensamentos, porque lutamos todos por Cabinda.

O passado não pode ser um obstáculo à nossa unidade. Temos de olhar para o Futuro. Sem unidade não teremos Futuro nem credibilidade.

Apelamos aos nossos irmãos para valorizarmos juntos aquilo que nos une e juntarmos as nossas forças contra o nosso inimigo comum. Somos todos uma família temos todos o mesmo sangue. Não existe hoje uma razão que justifique divisões.

A iniciativa e vontade de unidade não pode partir nem ser liderada por um só, juntos temos de travar esta batalha pela unidade. Acreditamos que vamos conseguir construir uma unidade sólida onde todas as palavras e gerações são valorizadas e respeitadas. Esta será a nossa arma mais poderosa.”

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