Maior fábrica de tijolo de Angola promovida por portugueses

Maior fábrica de tijolo de Angola

A maior fábrica de tijolo de Angola, detida maioritariamente por empresários portugueses e que representou um investimento de 23 milhões de euros, prevê atingir o pico de produção em 2015 devido aos novos projectos habitação nacionais.

Ainformação foi avançada pelo director-geral da Cerâmica Industrial e Comercial (CIC), Filipe Nunes. Trata-se de uma empresa de direito angolano, mas participada a 60% por investidores portugueses, nomeadamente pelo grupo Recer.

“Neste momento é a maior fábrica de tijolo instalada em Angola. Pode produzir cerca de 100 mil tijolos por dia, mas estamos ainda a produzir abaixo de 50% da capacidade instalada, porque o mercado ainda não está a pedir”, explica Filipe Nunes.

A CIC é uma das várias dezenas de empresas de investidores portugueses representadas na Projekta, a maior feira angolana dedicada à Construção Civil e Obras Públicas, que decorre na Feira Internacional de Luanda (FILDA) até domingo.

Apenas através da Fundação AIP (Associação Industrial Portuguesa) marcam presença nesta feira cerca de 50 empresas portuguesas, país que lidera a representação internacional entre mais de 500 expositores, de doze nacionalidades.
A fábrica CIC foi inaugurada em Luanda, a 01 de Julho de 2013, após um investimento de 30 milhões de dólares (cerca de 23 milhões de euros) em conjunto com parceiros angolanos, que actualmente detêm 40% do capital social.

Resultou numa unidade totalmente automatizada, através de transferência de conhecimentos e tecnologia, processo assegurado pelo grupo Recer.

“Contamos, em meados do próximo ano, chegar ao pico de produção. Está em andamento o desenvolvimento das novas centralidades, que vai envolver 150 mil casas em Angola”, explica.

A actividade desta fábrica de origem portuguesa envolve a extracção de matéria-prima em Angola (argila e areia), emprega 50 trabalhadores nacionais e três portugueses e já comercializa o tijolo que produz em províncias como o Zaire, Uíge, Huambo, Cunene, Huila ou Namibe.

“Fazemos parte da comissão de Cerâmicas que está a trabalhar junto do ministro da Indústria e estamos a fazer um esforço para que o tijolo seja considerado um produto para a Reconstrução Nacional, o que ainda não aconteceu”, refere Filipe Nunes.

De iniciativa portuguesa, “mais de 90% de tudo o que compõe a empresa é angolano”, garante o director-geral da CIC, explicando que, por isso, os produtos desta fábrica ostentam já a marca oficial “Feito em Angola”.

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