Diamantes? A raposa está dentro do galinheiro

Angola assume esta semana a presidência do "Processo Kimberley", entidade internacional que certifica a origem de diamantes, tal como o Folha 8 noticiou no passado dia 28 de Outubro.

Angola assume esta semana a presidência do “Processo Kimberley”, entidade internacional que certifica a origem de diamantes, tal como o Folha 8 noticiou no passado dia 28 de Outubro.

Angola assume a presidência na sexta-feira, em reunião plenária daquela organização, agendada para Guangzhou, na China, na presença do ministro angolano da Geologia e Minas, Francisco Queiroz.

A produção diamantífera é uma das principais fontes de receitas em Angola, depois do petróleo, tendo o Estado arrecadado mais de 52 milhões de euros em impostos directos sobre estas vendas, entre Janeiro e Setembro deste ano, indicam dados oficiais.

A produção angolana de diamantes está avaliada em cerca de 8,3 milhões de quilates por ano, correspondendo a uma receita bruta perspectivada na ordem de 1,1 mil milhões de dólares (cerca de 886 milhões de euros).

O Ministério da Geologia e Minas fixou a meta de aumentar a produção total de diamantes, até 2015, em termos médios, em cinco por cento ao ano.

Recorde-se que no início deste ano, uma empresa australiana que explora minas de diamantes no nosso país anunciou a descoberta de um diamante branco de 32,2 quilates, com a forma de um dodecaedro irregular.

Segundo a IDEX Online, trata-se de um “diamante branco”, que mede 32x10x8mm, e foi recuperado no projecto Lulo. A pedra é considerada a quarta maior descoberta nesta mina, situada na província da Lunda Norte.

A cor branca varia entre D (sem vestígio de cor) e Z (com tonalidade amarela), e a pedra descoberta foi atribuída a cor D, tendo sido classificado como “excepcionalmente branco”.

A mina é explorada pela Lucapa Diamond Company, que a partir de 1,145 metros cúbicos de amostra processada produziu 75 diamantes, pesando 55,05 quilates.

Segundo a Proactive Investors, os diamantes recuperados recentemente, incluindo pedras individuais que pesam 5,30; 4,35 e 2,0 quilates, foram obtidos na amostra localizada na parte norte do kimberlito Se251 e a empresa anuncia que o processamento irá continuar.

A concessão, cujos direitos de exploração foram prorrogados em Março de 2013 até Junho de 2025, poderá abrigar um grande campo de kimberlito e está localizada a cerca de 150 quilómetros a oeste da mina de diamantes de Catoca, que é operada pela empresa russa Alrosa. A exploração de Lulo tem cerca de três mil quilómetros quadrados de área e situa-se no rio Cuango.

Dados da indústria diamantífera mundial apontam Angola como quinto maior produtor de diamantes, mas a sua produção representa apenas 8,1 por cento do valor global mundial e, depois do petróleo, os diamantes são o segundo principal produto de exportação de Angola.

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