Defesa portuguesa forma mais de 120 quadros angolanos

Defesa portuguesa forma mais de 120 quadros angolanos

Elementos da Inspecção-Geral da Defesa Nacional (IGDN) portuguesa vão formar, durante um ano e meio, mais de 120 quadros angolanos na área da auditoria, conforme acordo alcançado em Luanda, revelou o tenente-general Vítor Vieira.

Ainformação foi prestada durante a visita de uma delegação da IGDN, que envolveu reuniões no Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA) e com o ministro da Defesa Nacional angolano, João Lourenço.

O acordo alcançado permitirá a formação de quadros angolanos numa área em que, segundo aquele oficial-general, a experiência de Portugal é reconhecida internacionalmente, sente esta a parceria mais avançada com os países lusófonos.

“A formação da parte angolana é para que mais tarde possam cooperar connosco, falando a mesma linguagem e estando ao mesmo nível tecnológico no domínio desta metodologia, para que possamos fazer trabalhos em paralelo, quer aqui quer em Lisboa”, explica o Inspector-Geral da Defesa Nacional, Vítor Vieira.

Esta formação, segundo a perspectiva actual, vai envolver entre 120 a 130 elementos da Inspecção-Geral de Defesa Nacional de Angola e das FAA, distribuídos por três módulos de seis meses, com alguns inspectores portugueses – civis e militares – a deslocarem-se a Luanda.

“Será uma formação bastante profunda e que vai garantir que ficamos a um nível que nos permita conversar no futuro, nesta matéria”, acrescenta o tenente-general Vítor Vieira, admitindo a possibilidade, se for “oportuno”, os dois países realizarem posteriormente auditorias conjuntas, com equipas mistas.

Em Portugal, a IGDN tem por missão assegurar o acompanhamento e avaliação da execução das políticas na área da Defesa e do funcionamento das estruturas, apreciando a legalidade e regularidade dos actos praticados pelas Forças Armadas, serviços e organismos do Ministério da Defesa Nacional.

“Uma IGDN, com a metodologia que estamos a aplicar, permite identificar processos auditáveis, como o pagamento de vencimentos, atribuição de verbas, gasto de dinheiros públicos, gestão patrimonial ou de carreiras. Aplicando regras e metodologias que permitam identificar potenciais riscos e encontrar soluções, antes que os problemas se materializem”, refere o tenente-general Vítor Vieira.

A inspecção portuguesa tem ainda na sua missão a avaliação e gestão dos resultados no sector da Defesa, através do controlo de auditoria técnica, de desempenho e financeira, experiência que, de acordo com o responsável nacional, tem vindo a ser requisitada por vários países.

“Mas Angola apareceu sempre com uma prioridade para nós, com quem queríamos fazer esta colaboração”, sublinha o Inspector-Geral de Defesa Nacional de Portugal.

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