Candidatos ao PAICV aceleram para as directas

Candidatos ao PAICV aceleram para as directas - Folha 8

Os três candidatos à liderança do PAICV já formalizaram as suas candidaturas para as directas do partido no poder em Cabo Verde, marcadas para o dia 14 de Dezembro.

E m declarações à Inforpress, o presidente da Comissão Nacional de Jurisdição e Fiscalização, órgão que coordena o processo eleitoral, José Moreno, confirmou que a ministra-Adjunta e da Saúde, Cristina Fontes Lima, foi a primeira a formalizar a sua candidatura, com 1.300 subscritores.

Seguiu-se a ministra da Juventude, Emprego e Desenvolvimento dos Recursos Humanos, Janira Hopffer Almada (foto), com seis mil assinaturas, e o líder parlamentar do partido, Felisberto Vieira, com duas mil rubricas.

José Moreno indicou, porém, que o prazo final para a entrega das candidaturas à sucessão de José Maria Neves na liderança do Partido Africano para a Independência de Cabo Verde é domingo, seguindo-se 48 horas para verificação dos processos.

Além de apresentar uma plataforma eleitoral, as candidaturas serão aceites se contarem com um mínimo de 300 assinaturas de militantes do partido em situação regularizada.

As eleições para a liderança do PAICV acontecem no dia 14 de Dezembro e estão inscritos mais de 29 mil militantes que vão eleger o sucessor de José Maria Neves.

Em Outubro, os três candidatos à liderança do partido no poder em Cabo verde assinaram um Código de Conduta para vigorar antes, durante e depois da campanha eleitoral interna.

As regras traduzem a “vontade da esmagadora maioria dos militantes, no sentido de salvaguardar a unidade e coesão do partido”, lia-se no documento.

José Maria Neves está à frente do PAICV desde o congresso de 2000 e sucessivamente primeiro-ministro desde 2001. Anunciou em Março de 2013, após ser reeleito líder do partido, que seria o seu último mandato, mantendo-se, porém, na chefia do Governo até ao final da legislatura, que será em 2016.

O PAICV foi criado em Janeiro de 1981, na sequência do golpe de Estado de 14 de Novembro de 1980 na Guiné-Bissau, que pôs termo ao sonho da unidade entre os dois países, o que esteve na génese da luta de libertação das antigas colónias portuguesas em África.

Desde então, o partido só teve três presidentes, Aristides Pereira (já falecido), Pedro Pires e José Maria Neves).

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