Artista plástico Paulo Afonso clama por apoios

O artista plástico Paulo Afonso solicitou hoje, na cidade de Benguela, apoio de material de pintura para concretizar um projecto tendente a despertar nas novas gerações o gosto pelas artes visuais.

Em declarações à Angop, o artista Paulo Afonso disse necessitar de telas, pincéis, tinta acrílica e a óleo para conceber peças que espelham o belo e o real da natureza, no sentido de reacender a tocha que coloriu o período do Renascimento.

Segundo o jovem criador, na província de Benguela há uma evidente escassez de material de pintura, facto que dificulta os artistas em realizar os seus trabalhos.

“O mundo perdeu vários sensos e uma delas é a cognitividade do belo”, frisou, admitindo que como promotor do belo pretende resgatar o senso das pessoas no que as artes visuais e plásticas dizem respeito.

Disse que as suas formas de expressão artística integram uma multiplicidade de técnicas, como o cubismo, abstracto e realismo que enaltecem, em primeiro lugar, a pintura no país e visam incutir nas pessoas mais conhecimentos sobre essa disciplina cultural.

Aponta como fonte de inspiração, o quotidiano da sociedade angolana, com realce para a actividade das vendedoras ambulantes (vulgarmente conhecidas como zungueiras), o paisagismo e a devastação da natureza.

Aproveitou ainda a oportunidade para anunciar a realização da sua primeira exposição individual, prevista para Março de 2015, depois de já ter participado de várias mostras colectivas, em Benguela.

Realçando a forma favorável como a sociedade local tem reagido às suas propostas, o jovem mostra-se confiante de que o público irá identificar-se com a temática da exposição em forja.

Actualmente, Paulo Afonso conta com 12 obras confeccionadas, com destaque para “O olhar triste de uma África que chora”, “Melancolia”, “Veredas dos tempos vividos”, “O Carnaval”, “A Misteriosa feminidade”, “A devastação da natureza” e “Belezas de Ombaka”.

Estudante do Instituto Médio Industrial de Benguela (IMIB), Paulo Afonso, de 17 anos, descobriu desde muito cedo o gosto pelo desenho, sendo neste momento um dos talentos que desponta na escola de artes plásticas do Núcleo de Jovens Pintores de Benguela, no qual ingressou em 2012.

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